Olá Outlandres,
E justamente por estar "fora da masmorra" é que postamos mais essa fantástica iniciativa dos autores
Fábio Gullo e Pérsio Sposito.
Como todos nós já sabemos, a muitos anos, no Brasil e no exterior, cenários de fantasia medieval lotam as prateleiras das lojas e das residências de milhares de RPGistas, escrever ou tentar lançar RPGs de fantasia medieval "é chover no molhado", mas esses dois game designers vieram com a interessante proposta do Metal Punk, um RPG dark future ambientado na Terra Brasilis unindo estilos da clássica literatura Cyberpunk com o Dark Future, imortalizado em quadrinhos, filmes e romances.
Fico muito feliz em ver que esse projeto, (que ainda está em fase embrionária) vem apresentar uma proposta bacana, mais madura, com temática violenta e visceral, algo que anda em falta nos jogos do mercado.
A planilha promete, o visual lembra a dos jogos da década de 90
(melhor fase do RPG mundial na minha opinião)
A arte do jogo, assinada pelos autores, tem boa qualidade e remete a trabalho muito bem escritos e amados por muitos RPGistas como Kult, Nephelin, Cyberpunk e RIFTS eu simplesmente amei as ilustrações (e essas são só as primeiras!!!).
Outra versão da planilha muito bem
elaborada e com apelo visual bem bacana.
Fica aqui a sugestão aos autores Fábio e Pérsio que pesquisem mais a fundo a questão dos cenários Dark Future e claro os textos de mestres como William Gibson e Frank Herbert e seus trabalhos com cenários bem construídos e discussões mais elaboradas, "se é um RPG para adultos, que seja na íntegra!"
Abaixo segue na íntegra o texto de apresentação deste jogo que promete!
Sem mais delongas, com vocês, Metal Punk!
Obs.: Fabio e Pérsio ESTOU DOIDO PARA POR AS MÃO EM UMA "REGRAS RÁPIDAS"!
* * *
Metalpunk
é um RPG de mesa pós-apocalíptico para um mestre de jogo e número variável de
jogadores. Possui um sistema de regras próprio, o sistema Megadados, que
possibilita o uso de qualquer tipo ou combinação de dados (d4, d6, d8, d10,
d12, d20...) à escolha do jogador.
Projeto
Metalpunk
é um projeto do estúdio de jogos Word & Sword, projeto cuja primeira etapa
é o lançamento da fanpage, onde você, metalpunker, poderá encontrar as
atualizações e novidades do jogo. Aguarde para breve o lançamento do site oficial,
ao que se seguirá a estréia do projeto no site catarse.me/pt, onde aguardamos a
sua visita e o seu apoio.
Curta a página do projeto Facebook!
Cenário
No
futuro próximo, um primeiro colapso econômico global, baseado na escassez de
bens de primeira necessidade (combustíveis fósseis, alimentos, água, sal) levou
a sociedade à barbárie generalizada e à sobrevivência apenas dos mais fortes –
os chamados "supersobreviventes". A isto se seguiu um segundo colapso
causado pela disseminação de um vírus desconhecido, o que resultou na morte da
maior parte dos supersobreviventes, restando apenas os imunes, cujos anticorpos
em combate ao vírus deram nascimento a mutações que tornaram seus hospedeiros
ainda mais fortes e resistentes, resultando de fato no surgimento de uma nova
espécie, os chamados "megasobreviventes", cujas mutações incluem
poderes psiônicos, como a necrocinese (poder de reanimar os mortos) e a
planarcinese (que permite a viagem mental aos reinos psíquicos e a
materialização de objetos e seres psíquicos (os chamados planares) no mundo
real). Vive-se, no presente dessa terra devastada, em sociedades regredidas a
culturas medievais, religiosas e marciais, onde armas de fogo são proibidas e
as armas brancas consideradas a única opção digna na decisão de conflitos além
da escala humana.
Personagens
Os
personagens do jogo pertencem à espécie conhecida como
"megasobreviventes": verdadeiros superhumanos adaptados (Darwin) às
dificuldades de sobrevivência no mundo pós-colapso. Suas principais
características: maiores força, resistência e agilidade físicas e mentais;
maior agressividade; mutações, dentre as quais poderes psiônicos e outros, como
membros extras, que deram nascimento a novas raças ou subespécies, como os
juggernauts (gigantes superfortes e super-resistentes), os mantis (guerreiros
monásticos portadores de múltiplos braços) os ciclopes (profetas, videntes e
místicos) e os reanimados (mortos-vivos).
Entre
os tipos de personagens mais comuns, os chamados arquétipos – profissões,
vocações –, encontram-se os cavaleiros errantes (cavaleiros medievais montando
harley davidsons), os V8 (motoristas-guerreiros, inspirados no "guerreirdo
das estradas" Mad Max), os gladiadores, os bárbaros, os caçadores de
mutantes, os contrabandistas...
O
que é Metalpunk?
É
como definimos o subgênero pós-apocalíptico deste cenário: "metal"
porque, de todos os recursos naturais restantes, apenas os metais permaneceram
abundantes após o colapso da civilização moderna, além de serem a matéria-prima
por excelência num mundo em que conflitos físicos são a regra e a sociedade só
permite o confronto com armas brancas; "punk", por sua vez, descreve
a atitude – agressiva, anti-autoritária, subversiva – naturalmente adotada
pelos habitantes de tal mundo face às dificuldades e sofrimentos da luta pela
megasobrevivência.
Sobre
os realizadores e a história de Metalpunk
Criado
há 15 anos por Pérsio Sposito e Fábio Gullo e tendo já passado por três edições
caseiras, o RPG Metalpunk chega à sua primeira edição comercial pelo estúdio e
editora Word & Sword, empresa brasileira fundada pelos dois autores e
dedicada ao desenvolvimento e publicação de jogos de interpretação de papéis
(RPGs ou RolePlaying Games) e outros trabalhos de ficção e fantasia.
A
imagem que deu origem a todo o cenário, extraída de um filme B cujo nome há
muito foi esquecido – a imagem de um cavaleiro medieval sobre uma harley
davidson, lança de justa numa mão, capacete no lugar do elmo, jaqueta de couro
desgastado no lugar da armadura reluzente –, foi sugerida por Pérsio Sposito a
Fábio Gullo, que, ao adicionar a ela elementos irmãos, como a figura do
“guerreiro das estradas” da série Mad Max e os poderes psíquicos comuns à
Tóquio pós-apocalíptica de Akira, transformou a imagem inicial num cenário
completo, cujo título, Metalpunk, lhe teria surgido a partir da analogia com o
subgênero da ficção científica, o cyberpunk, de modo que se tem simultaneamente
o título do jogo e um novo subgênero do gênero pós-apocalíptico.
As
primeiras edições do jogo destinavam-se ao uso pessoal dos autores e seus
amigos. A princípio o jogo contava com um sistema de regras porcentual. A
versão atual – que se pretende comercial, o que dependerá de obter sucesso em
sua futura campanha no site Catarse – conta com o sistema Megadados. Criado por
Fábio Gullo e desenvolvido em parceria com Pérsio Sposito e o pessoal do canal
OD (Opiniões Desinformativas), esse conjunto de regras inovador permite, a
partir de um sistema de pilhas de dados semelhante ao do pioneiro Shadowrun e
ao do Storyteller System, que o jogador escolha quaisquer tipos de dados, em
qualquer combinação, para compor uma pilha. Detalhes sobre o funcionamento do
sistema serão divulgados em tempo.
Como
se pode ver pelas figuras que ilustram a nossa fanpage, a nova versão do jogo
contará com um projeto gráfico ousado. Todas as ilustrações são de autoria de
Fábio Gullo e Pérsio Sposito; todas as fotomontagens são de Fábio Gullo;
logotipo, planilha de personagem (ainda a ser divulgada!) e diagramação do
livro por Pérsio Sposito.
* * *
Espero que tenham gostado! Fiquem com Deus!
Luciano Mota Bastos
Obs.: Vamos curtir a página do Facebook e ajudar o projeto!
Esse sistema megadados me soa muito parecido com o sistema utilizado no novo RPG da Marvel...
ResponderExcluirAchei a ideia promissora, vamos esperar e ver o que rola.
Edson, tdo bem? O sistema Megadados, diferente do Marvel Heroics, permite q vc use quaisquer tipos de dados, em qq combinação. Se vc só tiver d6 disponíveis, use apenas d6; se tiver tdos os tipos de dados à mão, use os q quiser. O Marvel Heroics exige o uso de tdos os tipos de dados. No Megadados, se vc tem Força 5, por exemplo, vc pode laçar 2d6 + 1d8 + 2d10; pode lançar igualmente 3d20 e 2d4; ou qq outra combinação. E isso c uma mecânica extremamente simples.
ExcluirValew, Luciano!! Tamo junto!!!
ResponderExcluirLuciano, obrigado pela força! E o Regras Rápidas é nossa prioridade: enviamos p vc em primeira mão :-)
ResponderExcluirÉ, também gostei da idéia, o Savage World vai na mesma linha! Realmente promete!
ResponderExcluirValeu Luciano! Grande abraço e vamos nos encontrar para playtests em breve. Já está mais que convidado!
ResponderExcluirOk Pérsio, vou cobrar hem!! :-P
ExcluirEstou meio reticente com esse sistema megadados... sera que terá uma estatística robusta? Aconselho a verem o documentário da Discovery "O dia depois de amanhã", pode ser útil para compor cenário.
ResponderExcluirSalve, RiccoNit. A questão de se poder usar qq tipo de dado ou combinação de dados à vontade está bem resolvida, simples e balanceada. Funciona à maravilha e é à prova de qq análise probabilística. O restante do sistema, como a escala de habilidade dos atributos e perícias, q vai de 1 a 6, é tão precisa quanto a de qq sistema q usa pilhas de dados, como o Storyteller e o Shadowrun, ou seja: o suficiente p garantir o andamento do jogo e a diversão da galera :-)
ExcluirFala Fabio, ainda estava devendo uma resenha sobre o Metalpunk , mas o camarada Bastos mandou bem. Não sabia que era amigo do Luciano. Apesar disso voce deve ser legal, hehehehehehe.
ResponderExcluirAchei o visual do teu projeto do caray de bom. Já tinha elogiado, mas repito vmeus parabéns.
Bastos, posso copiar a postagem no meu ouitro blog, o cybermagister ? Deixo o link pra SDM de qq modo. Vc que sabe, patrão.
Salve, Brega! Valew pelas palavras. O Luciano eu conheço há uns quinze anos, aqui de Santos; mó vacilão (kkkkkkkkk, brincadeirinha). Agradeço imensamente o apoio de vcs. Vai tdo mundo ganhar o livro impresso quando sair. Pô, publica no Cybermagister, o Luciano vai negar n :-)
Excluirhehehehe. Quando ele ler isso vai xingar bem a gente.
ExcluirBem bacana, pelo que entendi é um cenário destinado a partidas de ação certo ? Muito boa a proposta de colocar caras poderosos num mundo onde esta tudo quebrado e... Quebrar tudo mais ainda.
ResponderExcluirSucesso e contem com meu apoio !
Valew, Bruno! Uns 15 anos atrás estávamos discutindo se trabalharíamos no Metalpunk ou num jogo sobre vidas passadas (Flashback), na saudosa Associação de RPG aqui em Santos, quando um amigo nosso, o Thiago Diet, pegou um menino novo e perguntou: "Fulano, tu vai preferir jogar um RPG sobre vidas passadas e tal ou um de pancadaria no deserto?". Tdo mundo achou graça do termo "pancadaria no deserto" e ficou meio q um resumo do MP. Tanto q o capítulo de combate terá essa frase como título. Mas o MP n é só pancadaria. Vja estes trechos da intro do Fastplay: "O principal tema do jogo é a luta pela sobrevivência e suas consequências físicas, psicológicas e morais. Outros temas importantes são a nostalgia por um passado misterioso, a busca por seus tesouros e conhecimentos perdidos, a fragilidade e importância da vida e de valores como lealdade, sacrifício e esperança (...) Se de um lado a palavra apocalipse denota um evento catastrófico, o fim dos tempos, de outro denota eventos que revelam a essência, geralmente uma verdade de cunho existencial, místico e religioso, uma vez que apocalipse vem do grego αποκάλυψις, apokálypsis, ou "revelação", formando-a apo, “tirado de”, e kalumna, “véu”. Assim, além dos temas da sobrevivência, da nostalgia e da busca por informações e tesouros do passado, o gênero pós-apocalipse cobre os temas da auto-descoberta e da revelação de verdades maiores e até universais através do sofrimento, da morte, do fim e do sacrifício. Em Metalpunk, particularmente, tais descobertas podem ocorrer por meio da exploração – simbólica mas também literal – dos reinos psíquicos e dos seres que lá habitam – metáforas do inconsciente, dos instintos e das emoções que nos guiam."
ExcluirGrande abraço!