domingo, 6 de julho de 2014

PIGN: Pequenas Empresas, Grandes Negócios: Saibamos Brincar.

Sou ateu, militante de um Estado Laico (ou seja, um estado onde TODA crença possa ser respeitada, para quem não sabe o que é isso), há umas três decadas e tenho verdadeiro pavor do tipo de coisas que vejos alguns lideres religiosos fazendo de vez em quando.

Dito tudo isso, tenho sérias ressalvas em relação ao projeto do Del Debbio.

Nada contra a crítica bem-humorada. Acho que existem coisas que, de fato, precisam feitas.

(diguemos que a "ficção científica" do jogo tem estranhos paralelos com a nossa realidade para mim)

Mas não acho que as denominações religiosas vão ficar quietas nessa.

E, desconfio, a ressaca da coisa vai ser de doer.

O que fazer então? Não publicarem o jogo?

Não.

Jogo é jogo e agora não tem volta. E não sei se é bom ou ruim a possivel briga que virá disso.

Mas fica a sugestão de que jogadores não apenas de PIGN, mas de QUALQUER jogo de cartas, Boardgame e RPG evitem a todo custo dar mais munição para quem não entende o que são esses jogos e já os cita, erradamente, como "exemplo de degradação moral e satanismo".

Um amigo me deu um exemplo, um tempo atrás (creio que um de São Paulo):

Um grupo de jogadores de um Live Action pegou um taxi e ficou comentando a dinâmica da partida - O faz de conta de quem matou quem, quem era o conspirador, quem "chupava" sangue de quem, onde estava uma determinada "bomba", etc. Ou seja, como foi a partida teatral.

O motorista, ao deixar o grupo, de tão assutado, nem ao menos quis cobrar a corrida.

Esse tipo de coisa acontece com alguma frequência. Fora do contexto um jogo pode ser extremamente mal interpretado e compreendido.

Assim, reforço: POR FAVOR saibam onde e como comentar os jogos.

Nem todos os não jogadores sabem a diferença entre fantasia e realidade. E não precisamos de mais encheção de saco do que o necessário, acreditem.

Respeitem as crenças alheias, lembrem-se de pensar duas vezes ao comentar um jogo, estejam preparados para explicar, com todas as metáforas possíveis, as diferenças entre se brincar de algo e se fazer algo.

Fora que educação e respeito ao próximo deve existir em qualquer situação.

Os outros gamers só agradecem.


Brega.

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