Mulheres e Estereótipos Machistas:

Uma das preocupações da gente, aqui do blog, sempre foi a de ajudar a ampliar a visão de mercados possíveis para  o RPG.
O problema é que, por mais consciencia social que os diferentes colaboradores aqui tenham (O Parejo e  o Luciano são estudantes de história, o Léo, o Paulo e o Edson são ligados, de uma forma ou de outra, a luta por direitos civis, e eu sou psicologo com monografia de metrado sobre saude da mulher e sexualidade), somos homens.

Por mais compreensão que eu, por exemplo, tenha de problemas que o machismo traga para as mulheres, mesmo sendo marido, filho e irmão de feministas, não sou capaz de dar voz com a veemência adequada sobre os problemas do mesmo.

Foi por causa disso que sugerimos meses atrás (e a Natália Avernus topou de bate-pronto)a criação de um blog para falar de RPG do ponto de vista feminino.

O  Masmorra de Saia surgiu a partir disso (com o nosso apoio, mas sem qualquer interferência, exceto a sugestão inicial)e só agradeço pelo blog poder trazer um pouco de frescor a um meio que ainda é mais masculino do que deveria.

No entanto, isso não nos redime de nunca abordar o tema, e ainda que não seja texto nosso, recomendo fortemente o texto do blog "Quadrinheiros" chamado ENTRE O OLIMPO E O PROSTÍBULO: História em Quadrinhos e Estereótipos Femininos .

Uma excelente análise do mundo dos quadrinhos e um pouco do histórico de uma das maiores influencias culturais nerds e seus vieses machistas.

Dentre os poucos RPGs que tratam de alguma sobre o tema, ridicularizando o papel estereotipado de mulheres no cinema, o "Mulheres Machonas Armadas Até os Dentes", nenhum, que eu me recorde, conseguiu trazer o tema mais para perto de discussão sobre as mesas e as opções de aventuras.

Fico com a ligeira impressão que novos estilos de jogos, como os Indies "Fiasco" e "Rastro de Cthullhu", podem ajudar a reverter um pouco este quadro, já que tornam as temáticas das mesas um pouco mais complexas que as inevitáveis trocas de pancadas, favorecendo que o publico feminino no geral (e me desculpem se for um pouco estereotipado em meu comentário aqui)possa ter no RPG outros tipos de opção. Vamos ver como a coisa se desenrola.

Por hora, fica a sugestão: Que blogueiros e blogueiras de RPG escrevam mais sobre os estereótipos femininos em livros e em suas mesas, e ajudem a aprofundar um pouco a visão do jogo para além dos "peitões" fetichistas.

PS:  O autor do texto sobre quadrinhos, Filipe Makoto Yamakami , cita no seu artigo o site "Women in Refrigerators", que não consegui entrar (ainda), mas sugiro como leitura posterior, já que a proposta deles parece criativa e interessante.

Faixa-bônus: Acrescento aqui um link para uma postagem de JairoBorges Filho falando exatamente sobre isso, também no "Aventurando-se": PRECISAMOS DE HEROÍNAS TAMBÉM!


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(Brega Presley)