Ruínas o Império Alien (I parte da trilogia)
O prólogo do caos
“A chuva caía ainda fina do céu recoberto de nuvens sombrias conforme as batidas pulsantes de mil corações moviam corpos fúnebres rumo ao horizonte. O chão de terra batida, vermelho como o sangue que há meses o recobre, envolvia-lhes os pés enquanto andavam, corajosos. O que os esperava do outro lado da estrada, do outro lado do escombro, do outro lado da vida? Talvez a morte soberana lançando-os ao absoluto vazio, ou ainda a dor de um órgão mutilado, quem sabe? Tudo o que se sabe é que seriam, os mortos, homens de muita sorte face aqueles que destas ruínas saíram vivos para contar-nos sua história...”.
Em 3562, o mundo já não se parece em nada com o mundo que conhecemos hoje em dia. A evolução das organizações internacionais como a ONU, assim como a fundação de novas uniões continentais tais como a União Européia, deu ao mundo uma nova dinâmica, uma nova geopolítica, uma nova perspectiva de futuro... O futuro... A palavra que não saia da boca de nenhum homem em 2100, quando, de repente, o ônibus espacial europeu “Marianne” encontrou uma estranha nave se aproximando de Marte. O planeta vermelho, nesta época, já havia sido colonizado pelos homens e algumas bases militares avançadas já haviam sido construídas lá. Mas o avanço tecnológico que os homens estavam prestes a conhecer, não era nada comparado ao que já tinham conhecido até então. A nave misteriosa, era uma nave Syrion, uma raça alienígena que vive há algumas galáxias além da nossa, chamada Alpha Canis. Os Sryions eram incrivelmente mais avançados do que nós. Também eram pacíficos e não procuravam a guerra. Ficaram tão felizes quanto os homens de encontrar outra raça de seres inteligentes no universo. Começou então a primeira união inter planetar do universo conhecido : a união Systar. Com o passar dos anos, a tecnologia Syrion invadiu o mundo dos homens. Viagens em alta velocidade, muito próximas a velocidade da luz, tornaram-se possíveis. Mas a revolução espacial se deve a realização da teoria do "buraco negro", que evoluída permitiu aos Syrion viajarem através das chamadas “dobras espaciais”, pulando de um ponto ao outro do Universo. Com o passar dos anos e dos séculos, novas raças foram descobertas, novas culturas se aliaram à Systar, novas uniões foram se formando e em 2900 se criou a “União Universal”. Espécie de ONU do futuro, a União Universal é composta por diversas raças, são elas : Terráqueos, Gammulans, Syrions, Flitzos, Vesperóns, Myriades, Droidans e Procyons. Com o passar do tempo, as divisões se tornaram mais complexas e novas raças surgiram da divisão e fusão de algumas outras. Assim nasceram os homens do universo oriental, conhecidos como os Nirrvanenses, os homens do Empirian, que residem em Alpha Centauri, os Procyons de Zelar, conhecidos como Zelaróns entre outros.
Em 3562, os homens vivem até 200 anos, graças a medicina ultra avançada muito incrementada pelo intercâmbio de tecnologias extraterrestres. Carros não existem mais e os trens tubulares, que se movem há mais de 4 mil quilômetros por hora, levam os homens de uma ponta a outra do planeta. A terra não se tornou, ao contrário do que se pode imaginar hoje em dia, uma imensa e única cidade povoada de arranha-céus. Florestas foram recriadas, rios despoluídos, e cidades antigas foram preservadas com o auxílio das tecnologias mais avançada. Paris, Londres, Vienna, Nova York entre muitas outras, mantiveram sua arquitetura original, mesclando ao seu passado o futuro. Em 3562, as cidades são reservadas para os pedestres, as usinas e outras instalações poluidoras foram enviadas para fora da terra e instaladas em lugares desprovidos de atmosferas, como luas de planetas inabitáveis. Na terra, respira-se um ar puro, locomove-se em alta velocidade e anda-se pelos belos jardins das cidades. A capital desse reino de paz foi batizada Sofias, uma cidade artificial construída no meio do oceano Atlântico. Pequena, povoada por apenas 1 milhão e meio de habitantes, é lá que estão se reúne a União terrestre e a União Universal. Discute-se o futuro, faz-se diplomacia. Nova-York se tornou a capital das Américas, Paris a capital da União Européia, Tokyo a capital da União Oriental, Abu Dhabi a capital do Oriente Médio, Lagos a Capital da União Africana e Sydnei a capital do conglomerado do pacífico. Cada capital reúne senados que, juntamente a um presidente eleito pela população, governam cada uma dessas uniões. Os presidentes se reúnem com os chamados senadores maiores de Sofias e o presidente da terra, em 3562, Hector Moctosh. No senado de Sofias, se faz a política universal, se recebe outros povos, se estabelece o comércio interplanetário e discute-se o futuro da União Terrestre e Universal. O Cristal de Delta foi uma descoberta importante para a economia do futuro. Com ele, a energia elétrica alcançou limites inimagináveis para seres humanos do século 21. O tempo de vida útil de um cristal, que sozinho pode manter no espaço uma nave espacial do tamanho de um Empire State Building, chega a 30 anos sem recarregar. Encontrado em planetas distantes, mais precisamente nos remotos e gasosos planetas do sistema delta, a União Universal decidiu estabelecer diversas colônias de mineração para recolher esse cristal tão vital para o andamento do universo. Mas enquanto a União Universal avançava colonizando novos planetas, na terra uma facção chamada de Rebelion se destacou no cenário político pedindo uma Globalização absoluta do planeta. Os Rebelions queriam o fim das uniões e a criação de um senado único-geral. Mas as propostas não foram aceitas e, no ano em que começa nossa aventura, em 3562, uma guerra estourou. A guerra que parecia poder ser facilmente ganha pela terra, se tornou um assunto bem mais delicado quando algumas raças alienígenas, como os Procyons, cansados da burocracia terrestre, se aliaram à Rebelion. Estes se estabeleceram no setor de Tav-Ceti e Bernard Star e de lá combateram, diplomaticamente, o governo terrestre até estourar, definitivamente, uma guerra real. Mas hoje, enquanto humanos e Procyions brigam entre si, a descoberta de uma misteriosa nave alienígena em LV-421, pequena colônia de mineração de cristais do Setor delta, iniciou o terror que, aos poucos, invisível, sem que ninguém o perceba, vêm se aproximando da união universal e, sobretudo, da Terra... Em 3562, os povos da união universal e os homens estão a beira de ver seu universo se tornar um mar de... Ruínas.
O que é Ruínas?
Ruínas é um jogo de RPG ambientado num futuro distante. Suas regras muito simples fazem com que ele seja um sistema essencialmente interpretativo e rápido. A velocidade que tentamos impor à resolução das ações no jogo têm como objetivo recriar o sentimento ,e apreensão e angústia de uma situação de grande risco. Este manual se divide em três livros, o primeiro deles trata, basicamente, da ambientação, retomando elementos citados nesta introdução e dando mais detalhes do universo do jogo, como apresentação de raças, profissões, cargos etc. O segundo livro trata das regras básicas, da criação de personagens e dos equipamentos que circulam no universo de Ruínas. O terceiro livro, por sua vez, apresenta um conjunto de regras complexas e, em sua maioria, opcionais, assim como capítulos sobre narrativa e criação de aventuras originais para o mundo de Ruínas. O Apêndice também contém uma vasta gama de informações muito úteis para ambientação, como uma ficha dos principais planetas de cada sistema, mapas, fichas em branco etc.
Este RPG vem sendo desenvolvido por Gabriel Pinheiro e Leandro Parejo desde 1997.
Por: Heigberg, Almirante das forças Terrestres (vulgo Leandro Parejo)
RUINAS RULES !
ResponderExcluirCara, quando quiser mestrar de novo, est´´a convidado. Aliás, a gente não acabou a aventura da frigideira, diga-se. Elvis não morreu.
Pô, foi só eu reclamar na outra postagem que você publica?`Preciso reclamar mais vezes, hehehe