Live Action Role Playing ou Live action ou simplesmente “Live”
Para quem acha que o sofisticado jogo de interpretação conhecido como Live Action começou com Vampire the Mascared, fique sabendo que ele é praticado dês de a década de 70, mais precisamente 1977 o “live” (como conhecemos hoje) teve como primeiro representante um jogo de fantasia criado pelo grupo americano de fãs de ficção fantástica Dagorhir. Mas o que é um Live Action?
Como o nome já diz, Live Action ou “ação ao vivo” pode ser definido como um jogo de interpretação de papeis, assim como o RPG, mas onde a personificação do papel ou personagem extrapola a mesa de jogo e se estende as roupas, ações e interações entre seus jogadores e num espaço controlado com regras incluindo a regra sagrada de “não toque em outro jogador” pode ser apreciado por jogadores de varias idades e níveis de conhecimento do hobby.
Jogadores de LARP prontos para ação.
O mais famoso tipo de Live Action conhecido hoje é o LARP ou “Live Action Role Playing”, muito praticado mundo a fora cujo maior expoente e o Americano Darkon, - que tem até um documentário.
Apesar do sucesso dos LARPS o estilo que mais se multiplica e cresce dês de o recomeço da antiga Whitewolf é mesmo sua criação o Vampire Live Action, com seu Laws Of The Night -livro de regras para live action publicado no Brasil pela editora Devir - a White Wolf abriu espaço para um tipo de live action muito sofisticado e com os maravilhosos elementos de intriga e conspiração próprios de seu cenário o World Of Darkness, esse projeto mundial ficou conhecido como One World By Night (e rola até hoje), e teve grupos aqui no Rio de Janeiro (o antigo e fantástico Rio By Night, e teve representações também em Brasília, São Paulo e Minas).
Seguindo a onda dos lives mais elegantes, vem aquele que, na minha opinião, é o mais bacana em termos de diversão e sofisticação o Call of Cthulhu Live Action, que no Rio de Janeiro tem como maior conhecedor e representante o grupo encabeçado pelo amigo Luciano “Cthulhu” Giehl criador do Blog Mundo Tentacular.
MAS COMO FUNCIONA UM LIVE?
Seguindo a onda dos lives mais elegantes, vem aquele que, na minha opinião, é o mais bacana em termos de diversão e sofisticação o Call of Cthulhu Live Action, que no Rio de Janeiro tem como maior conhecedor e representante o grupo encabeçado pelo amigo Luciano “Cthulhu” Giehl criador do Blog Mundo Tentacular.
MAS COMO FUNCIONA UM LIVE?
Para os leitores familiarizados com o RPG não é muito difícil entender o Live Action, mas para aqueles que nunca jogaram é mais ou menos assim: Imagine um peça teatral que acontece com hora marcada local e tema, você recebe um personagem e enquanto estiver na “área de atuação” você segue interpretando e tentando alcançar seus objetivos listados na sua folha de personagem...
Bem... mas primeiro, vamos falar da organização, a base de todo live, pois sem ela, diferente de uma mesa de RPG, não existiria o live.
Eu e minha esposa Cléo, prontos para os horrores de HP Lovecraft
A organização de um live action não é brincadeira para iniciantes, no caso dos Larps onde o atributos físicos e habilidade do jogador com sua espada de espuma conta muito, em um live com cenário baseados na era moderna, Noir, Vaporpunk ou Terror, a habilidade mental para solucionar as tramas - muito conhecidas no universo dos jogadores como Plots - formam um teia onde muitas histórias acabam se cruzando e formando um emaranhado de intrigas e ações que precisam de um resolução prática para ser computado como parte do jogo. Essa teia de histórias que se entrelaça é criada pela organização do live, que levando em conta a interpretação de seus jogadores deve permitir que eles tenham a chance de resolvê-las.
No live, cada jogador recebe um personagem (ele raramente escolhe ou cria um, como em uma mesa de RPG), como parte de suas “obrigações como jogador” ele deve providências a “indumentária do personagem”, roupas, apetrechos ou coisa do gênero, no Arkham Horror - Call of Cthulhu Live Action , organizado pelo amigo Luciano “Cthulhu”, tive a oportunidade de jogar com um Ilusionista da década de 30, como tal, corri atrás de roupas e indumentárias de época como relógios antigos, canetas de época, cartola, luvas e claro truques de mágica para apresentar na ocasião, tudo isso para que meu personagem fosse interessante não só para mim mas para os outros jogadores que tivessem que interagir comigo, o nome que se dá a esta “criação” de ambiente e interpretação é “imersão”, ou seja, a partir do momento que o jogador entra na área de jogo ele entra em outro mundo o mundo da história e passa a interpretar seu personagem, falando como ele, agindo como ele e buscando seus objetivos como se estivesse na época ou situação explicada no enredo (sempre respeitando as regras de ação estabelecidas pela organização e a regra sagrada de não tocar em outro jogador). Esses objetivos geralmente estão listados em sua planilha de bolso, onde ele pode fazer o acompanhamento de quantos objetivos ele já alcançou e quais objetivos faltam ser alcançados.
O sistema de 90% dos live actions permite uma disputa rápida para solucionar testes e desafios, sempre respeitando a regra de não tocar no outro jogador, esses testes são resolvidos com um jogo muito conhecido o “pedra, papel e tesoura” (e mais alguns elementos das regras do sistema escolhido dependendo do jogo), no fim do teste o jogador interpreta a ação que se propunha a fazer, tudo funciona de forma muito simples e rápida.
O live action é uma das mais empolgantes modalidades do bom e velho RPG e é uma excelente experiência para jogadores que buscam algo mais próximo da “interpretação” e não da ação pura e simples. Em uma noite de live action (literalmente uma noite inteira, a maioria dos Lives dura 8 horas de jogo) podemos ter uma experiência fascinante sem uma única cena de combate, muito diferente do bom e velho RPG de mesa.
Sempre que puder tente participar de um live action, é uma experiência muito bacana!
Espero que todos gostem!
Tudo de bom e fiquem com Deus!
Luciano Tolkien
Gostei muito, achei bem interessante, talvez no futuro eu irei participar :-)
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