domingo, 10 de março de 2013

DREAD: RPG que usa JENGA como sistema

Grite DREAD antes que seja tarde. Porque quando a pilha de pecinhas desmorona, a casa cai pro teu lado, malandro.

Apresentado pelo Luciano Giehl (do Blog "Mundo Tentacular", se é que alguém não o conhece)no último Saia da Masmorra, foi uma experiência bem legal de jogo. Dread é um RPG de terror bastante criativo e uma boa opção para quem gosta

Antes de mais nada, o jogo usou como "história de fundo" boa parte do filme "Deliverence", que é mais conhecido como o filme do "duelo de banjos" (veja  o video abaixo),  um filme que  o terror psicológico é um dos mais bem feitos de toda a história do cinema. No Brasil o filme foi traduzido por "Amargo Pesadelo" e tem Burt Reynolds (na época que ele era um ator sério)e John Voight, antes de virar "pai daquela gostosa" como amigos que vão descer um rio em uma região das mais caipiras possíveis no, EUA (e uma penca de problemas acontecem a partir daí). Não é um filme para menores, diga-se, nem mesmo hoje em dia, mas é um filmaço.


Mas para além da boa inspiração, a mesa foi boa também pelo clima de terror puro a cada ação que faziamos. Por que quem derruba a torre tem o personagem morto. No começo é fácil, como em Jenga, porque há muitas boas opções, mas conforme a história vai sendo desenolada, cada ação pode ser fatal, e isso cria um clima tenso bem interessante.

Outro aspecto que curti do sistema são as perguntas feitas ao jogador sobre  o personagem. Coisas do tipo "Se um bandido com muitas chances de ser operado e um policial com poucos, aparecessem em uma emergência, qual voce tentaria operar, se  o não operado certamente estivesse condenado a morrer?", ou "Sua mulher engravidou e você foi obrigado a largar a faculdade. Como se sente em relação a isso?".

Diagramação, Preço e Arte: Não tenho como avaliar estes elementos pois não adquiri o livro, então fico devendo nessa parte.
O jogo também apresenta um aspecto voltado para  terror sobrenatural, (bem aproveitado pelo Giehl) que não descobri muito a respeito, ainda, porque estava preocupado demais em não "morrer", entre as retiradas exigidas e os esbarrões na mesa, que quase enfartam o Parejo.

O Horror, o Horror: O sistema tem um unico problema: Precisa ser bem conduzido para que nem as peças sejam retiradas rapidamente demais, e nem os jogadores se inibam, retirando poucas peças e diminuindo o clima tenso do jogo (afinal, é um jogo feito para que mortes ocorram). Bem feito, como foi no encontro, é bom, mas precisa ser bem conduzido e ter bom ritmo para funcionar (nada custa a recomendação).

Não sei se o jogo funciona bem para campanhas, mas certamente é excelente para aventuras "one shot", de qualquer maneira.

Entre filmes que dariam boas versões para  o jogo recomendo, temos "O Exorcista", "Apocalipse Now" e "O iluminado" (com uma famila um pouco maior ficaria ótimo, me parece).

Abraços


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