segunda-feira, 1 de julho de 2013

RPG "Violence": Humor Negro em uma Dungeons Contemporânea

O RPG "Violence: The roleplaying game of egrerious and repulsive bloodshed" tem em sua capa o seguinte aviso:


"Não recomendado 
para leitores ou jogadores menores
de 18 anos.

Na verdade, nós não temos
certeza se este RPG é
recomendado para qualquer um"

Você pode ou não criticá-los, portanto, pela violência, mas, admitamos, eles são ao menos honestos , hehehe

Na verdade, o autor, Greg Costikyan (escrevendo sob o pseudônimo de Designer X )deixa isso ainda mais claro, quando explica que a maioria dos jogos é sobre violência (ele citam jogos da época para exemplificar isso) e chamam de baboseira para baixo RPGs de interpretação ("Isso não tem futuro!".

Criado em 1999, o jogo é, obviamente, voltado para quem quer uma opção de jogo mais para Tarantino que para Jane Austin, e em suas aproximadamente 30 páginas tentam exemplificar as regras e o sistema para isso. Ou para quem deseja passar umas horinhas de humor lendo um rpg engraçado, mesmo que nunca jogue.

Parodiando jogos no estilo "matar-e-pilhar" os personagens vão entrando em salas e mais salas enfrentando "monstros humanos"

Acessórios: O jogo já tirava sarro do que alguns RPGs estavam se tornando, com uma lista de materiais de apoio exagerada, como camisetas Violence, dados, Violence, Cd de musica Violence ou Vomito Falso Violence.

Ficha: O autor proibe terminantemente as fotocópias do sistema, alegando que quem fizer isso estará violando os direitos autorais. Para ter as fichas só comprando um bloco-suplemento com fichas em branco.

Seja como for, coisas como background e profundas considerações sobre a psiquê do personagem são o que menos importam, Na verdade  o jogo RECOMENDA que escreva qualquer coisa na parte de cima da ficha.

Os atributos são (traduzidos) :
-Força
-Suportar dor
-Constituição
-Intimidação
-Todo o resto

O jogo também tem um sistema de "re-rolagem de estatísticas" partindo do pressuposto que todo jogador vai roubar mesmo nos dados. Fato. E um sistema de suborno em dinheiro para  o mestre ou para os autores do jogo para poder aumentar ainda mais as estatísticas.
Preciso mestrar isso... aham, continuando:

Lista de bagulhos:
A lista de armas e seus preços é totalmente chutada pelo autor, que afiorma que se algum de seus jogadores souber de fato o preço de cada arma, ele prefere não saber disso.

Problemas de racismo?
Um ponto que pode dar algum enguiço é o fato de personagens hispanicos ou negros terem mais chances sfrerem abuso policial. Mas, antes que isso gere algum mal-entendido, isto é usado de forma crítica sobre a forma como os policiais americanos "escolhem" suspeitos, e não em concordância com isso.

O Sistema:
O jogo uma um sistema que, possivelmente, é impraticável. Usando dados diversos, inclundo um d16 e um d60, o jogo não tem a maior das preocupalções em faciltiar d avida dos jogadores. Ou melhor, é totalmente praticável, mas somente com combinações de dados outros,  mas isso requer imaginação, e nós sabemos que jogadores raramente levam isso em mesas.

O jogo usa o sistema de valores invertidos, ou seja, quanto menos tirar em um dado, melhor, e se for para ser jogado a sério, traz uma explicação rápida sobre como improvisar valores de dados diferentes.

As habilidades são divididas em grupos como "Combat Skills", "Street Knowledge", etc, e me parece que cumprem a sua função.

Os Monstros estão espalhados em salas e apartamentos de prédios, onde os personagens devem invadir, combater e pilhar, como celulas da Al Kaeda,  Yuppies e membros da Swat.

Arte e Diagramação: O jogo é simples, então tem poucas imagens e uma diagramação pouco elaborada. Mas nada que comprometa a leitura.

Enfim: Vale a pena?
Vale, pela leitura, mas para jogar, mesmo com este tipo de ambientação, melhor pegar qualquer jogo que tenha um sistema com armas de fogo mais simples e se preocupar mais em adaptar que em usar as regras do jogo.
Mas vale a pena ler, mesmo assim, para quem puder.

O jogo tem pouco mais de 30 páginas e, aviso, não tem ficha de personagem alguma ao final.

Brega Presley

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