O problema do RPG histórico
Um dos problemas com que um mestre de rpg se depara ao criar um rpg histórico é um tanto quanto obvia, os fatos já ocorreram e não há como modificá-los. Então como o narrador pode fazer um rpg onde os jogadores têm a livre escolha para fazerem o que quiserem, sem que com isso modifiquem a história? Esse é o principal problema com que me deparei ao escrever este módulo de Segunda Guerra Mundial “Faces da Guerra”. Como resolver este problema, ou pelo menos contorná-lo?
A resposta é: escrever o macro¹ da história. Estes grandes fatos não podem mudar. Um dos problemas que se apresenta ao mestre de jogo é que não se deve impor de maneira alguma o que os jogadores devem fazer, ele deve tentar induzi-los através da descrição densa de cenário² e isso é muito importante, pois a maioria dos jogadores acha que sempre é possível vencer. Exemplificando: os jogadores estão fazendo parte da Operação Dínamo, na cidade de Dunquerque, na costa norte da França, região conhecida como de Pas-de-Calais. A retirada dos aliados para a Inglaterra é inevitável, independente das boas ações dos jogadores, porém se os jogadores fizeram realmente diversos bons atos, o mestre pode dar algumas horas a mais de resistência a cidade, o que permitiria retirar um maior numero de soldados, diminuir o numero de feridos, e assim por diante. Esses pequenos fatos não alteram os fatos macro¹ da história por isso devem ser extremamente bem explorados pelo mestre, para que a construção do jogo não se dê apenas pela narração dos fatos pelo mestre mas também pelos feitos dos jogadores. Esta ao meu ver é a principal forma de contornar o problema do RPG histórico.
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