domingo, 11 de março de 2012

Mestrando Filmes de Terror B: Mesa de It Came from the Late Show no SdM

No último encontro (dia 10/3/2012) mestrei, finalmente o “It Came from the Late, Late, Late Show” e trago aqui um pouco como foi a mesa.

A ideia é ver se mais gente se interessa em mestrar isso, porque pessoalmente adorei esse treco.

Então vamos lá: Já falei do sistema um tempo atrás  e vou só resumir o geral:

A premissa da ambientação é uma espécie de “meta-jogo de Terror”, onde os jogadores fazem, ao mesmo tempo, personagens de um filme muito, mas muito ruim (de terror, espacial, de ninjas, etc), e os ATORES que interpretam estes personagens.

A ideia é bizarra, mas, boa notícia, FUNCIONA.

Abaixo vou descrever como foi a mesa e dar alguns toques para quem for doido de tentar algo assim, também.

Era uma aventura de Terror chamada … “Scooby-Doo e o Ataque dos Zumbis Ninjas” (depois, por sugestão de um jogador (Obrigado Thiago) virou “Scooby-Doo e o Ataque do Zumbis Ninjas PIRATAS” (“Porque TUDO fica melhor com ninjas, zumbis e piratas!”).

A aventura, é claro, não tinha Zumbis, piratas ou ninjas, mas TINHA a “turma do Scooby Doo”, ou pelo menos uma versão trash deles (o conceito original é do Luciano Giehl (que estava na minha mesa), que teve primeiro a genial sacada de fazer uma aventura de Cthullhu com a turma, anos atrás (e obrigado, Luciano pela ideia, que roubei desavergonhadamente).

A ideia era a seguinte: Um diretor de modos bem afetados (Dica 1: Dê personalidade ao “Diretor do filme”. Isso ajuda pacas na condução da aventura) arruma uma autorização antiga e esquecida de fazer um filme de “Scooby Doo”, mas não tem patrocínio (A Warner se recusa terminantemente a participar dessa roubada).

Então ele arruma um ou outro patrocínador meia-boca, e, junto com atores muito ruins, resolve rodar a “película” em um estídio ruim (O “Tabajara D9 Estudios Corp”).

Dica 2# - Se for one shot, tyente dar personagens clássicos do cinema, como vampiros de filmes de Peter Cushing ou o Zé do Caixão).

O enredo básico era o seguinte: A Turma do Scooby era chamada para solucionar uma série de ameaças que uma família que mora em uma ilha (nome chavão “Ilha da Caveira”). A carta era assinada por O.O., e o “filme/aventura começa com a turma em uma balsa indo para a ilha.

É aí que começa a ser divertido. Primeiro, deixei a única mulher da mesa (a atriz “Roberta”) escolher entre a Daphne e a Velma (ela escolheu a Velma) e sorteei os personagens masculinos (um deles era o Scooby Loo) entre os outros (eles poderiam trocar entre si, mas teriam de aceitar quem caísse se ninguém quisesse trocar). Nesse momento um dos personagens sugeriu um “abraço grupal” e todos na mesa precisaram levantar no meio do evento e se abraçarem. Palavras como “energia positiva” e “Este será o melhor filme de nossas carreiras também foram usadas.

Na cena da balsa ( comandante era um cara de tapa-olho com um balde do KFC nos ombros, mas acabei não usando o personagem), não apenas se descrevia a “ilha se aproximando” como descrevia os “defeitos especiais” que os atores viam. Por exemplo, a embarcação era uma estrutura de madeira “balançada pela equipe de efeitos” sobre uma lona estendida.

Chegando na ilha (aja neblina com gelo seco), eles são recebidos por uma campainha que grita (assistam “Assassinato sem morte” que dá boas ideias) e um mordomo “frankenstein”. E, surpresa, surpresa, a família é a Familia Osbourne (convidados especiais são um clássico em desenhos do Scooby).

A festa era uma reunião anual de aniversário de Ozzy (caquetico e em uma cadeira de rodas), que, completando gloriosos 28 anos de muito abuso de drogas e afins, recebe em seu aniversário essoas como Elviy, Marilym Monroe e Kurt Kobainn (os nomes são alterados de proposito para fins de direitos autorais).

E a investigação começa. Luzes se apagando, roqueiros famosos (interpretados por sósias estranhos) aparecendo mortos , muito molho de tomate e facas com mola, e a turma descobre um quarto onde um certo “Happy Harry”, uma criança psicopata, havia sido mantida furante décadas pelos antigos moradores. (essa ideia chupei de “Mansão das Sombras Longas, alias).

E Harry só fica “Happy” quando persegue jovens peitudas com sua serra-eletrica. E Daphne era a vitima mais perseguida.

A cada mudança, brusca de cenário eu pedia um “Intervalo para arrumarem o cenário” e os personagens não podiam entrar “porque não dá pra arrumar o cenário agora, pô”.

Uma coisa legal foi uma mudança no roteiro, feita por “Roberta”: Happy Harry era na verdade “O Mordomo” porque o assassino é sempre o Mordomo!”), e que era na verdade “Sharon”, a mulher de Ozzy, que era o Happy mHarry inicial, mas tomou o lugar da verdadeira como um plano para retomar a propriedade da família de volta.
Algumas coisas bacanas do sistema é o uso de “dublês” que sofrem danos no lugar dos personagens, rolando escadas e levando machadadas.

Outra coisa interessante foi que um dos jogadores, que jogava com o “Scooby Loo” precisou ir embora mais cedo. O “ator” era o sobrinho chato do diretor, que “a tia veio buscar” e foi substituido por um anão ator. E aja ligações para os próprios agentes e xiliques de atores para tentar salvar o que resta de suas dignidades.

Merchandisings idiotas (de creme, refrigerante, etc), comida de padaria, cabeças de atores (com furos no meio da mesa) piscando dentro de travessas e fundos verdes (para depois incluir os efeitos digitais transformando os atores fantasiados de cachorro em “Scooby Doo e Loo”, efeitos sonoros gravados em meu celular e muita bobagem de todo mundo deram uma EXCELENTE mesa.

Também inclui um “atro velho e barrigudo” vestido de vampiro apresentando o “filme” a cada intervalo comercial. Idéia que também funcionou com a gente.

Dica 3# Não faça a mesa durar demais. 3-4 horas é o máximo que ela aguenta sem o pessoal começar a se cansar.

É uma mesa que gostei especialmente de mestrar e recomendo o sistema para quem quiser se aventurar por mares de lona nunca dantes navegados.

Pense nos efeitos especiais mais podres, como OVNIs pendurados por cabos, mosntros com zípers, pausas para o café, falas idiotas e obvias (como perguntar se um personagem decapitado “Esta mesmo Morto?”) compõe um cenário que achei que seria dificil de mestrar, ams foi muito tranquilo, na prática.

Vou deixar as fichas dos personagens da Misterios S.A. AQUI  a quem desejar usar ou tiver curiosidade.

Uma última coisa: eyu "turbinei" as fichas um pouco, porque no formato de ficha inicial seria quase impossível os personagens conseguirem fazer algo. Tamb´´em segue uma ficha em portugues, que precisa de alguns ajustes, como "esportes", que aparece duas vezes, etc, mas é pouca coisa, é só dar uma checada antes.
Recomendo, e muito, o sistema em aventuras de terror, Bang Bang, ninjas e afins.
 
Abraços

Brega Presley

Um comentário:

  1. Arrumei o link das fichas.
    Achei qyue tinha escrito uma resenha do RPG anterior, mas não achei, então escrevo uma decente esses dias.

    Abraços
    Brega

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