segunda-feira, 29 de abril de 2013

Magic The Gathering e o fim da Exclusividade da DEVIR

No dia 26 de abril saiu um comunicado no SITE DA DEVIR que eles não mais terão exclusividade na distribuição do Cardgame "Magic" no Brasil.

Em termos gerais isso significa melhores preços para  o consumidor? Não necessariamente, que a lógica do mercado nem sempre é lógica de fato, mas espera-se que sim.

Eles fazem questão de ressaltar que "A Devir continua como distribuidora oficial da Wizards para toda a América Latina, agora em caráter não exclusivo, e ainda responsável pelo envio de todo material promocional para os eventos do WPN no Brasil", ou seja, teremos de fato dois distribuidores na prática.

A DEVIR vem perdendo relevância no mercado há já alguns anos (minha opinião), com o surgimento de outras editoras competentes no mercado nacional (Jambô Editora, Red Box, Coisinha Verde, Secular Games, Retropunk Game Design, etc), e mesmo no mercado de jogos de cartas novas empresas e empreendimentos tem se mostrado interessantes, como o Pokemon via Copag, ou Munchkin, traduzido pela Galápagos Jogos.

Por um lado, é uma pena. Era frequentador assíduo da DEVIR nos anos 90, e conheci vários prédios e instalações dela, onde, aos sábados, muito comumente , ia jogar.

É fato que muitas livrarias fora de São Paulo, igualmente, só puderam existir com o apoio da DEVIR, bem como é graças a ela que tivemos nosso primeiro e mais importante "boom" de RPG no país.

Mas confesso estar um pouco decepcionado com a livraria/editora nos últimos anos. Além de um espaço muito minguado de produtos de RPG, perto do que já foi possível se encontrar, as próprias traduções me parecem meio engessadas, porque ainda priorizam livros e atualizações que, mesmo que relevantes, não são mais tão representativas como já foram um dia (novamente, minha opinião. Discordem se quiser).

Novo Mundo das Trevas e D&D ainda são jogados e bem quistos, mas não monopolizam mais mesas em encontros como já o fizeram antes. As novas gerações de jogadores tem optado por outros jogos, também (o que é ótimo, diga-se), mas me fica a impressão de que a editora não acompanhou como poderia o mercado.

(A exceção é, sem dúvida, o excelente "The One Ring", que é bem-quisto entre novos e antigos jogadores, e trouxe um pouco de ar fresco para o mercado).

As novas editoras tendem a se fortificar, e outras a surgir a partir daí, e se isso será bom ou ruim, só o tempo dirá.

Brega Presley

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