Outro texto, com a temática "Barney, Besta Apocalíptica", dessa vez feito pelo amigo Eder Marques e reproduzido com a autorização dele.
(Pessoalmente gostei bastante!)
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Trecho extraído do Diário do Dr Wilson psiquiatra.
... Não posso conviver com isso, com essa verdade aterradora... saber que tal horror caminha livremente entre nós é algo que me perturba, desde que descobri sua existência não mais consigo dormir.
Tudo começou com o relato de J. 9 anos. Seus pais o trouxeram ao meu consultório, pois o antes ativo menino agora se encontrava em silencio absoluto, praticamente um vegetal. Segundo eles após uma serie de estranhos sonhos e perturbações noturnas.
Foram semanas de tentativas frustradas em penetrar na mente do garoto, estava quase desistindo, quando por acaso o menino pareceu se estimular quando lhe pedi que desenhasse o que viesse a sua mente e para tal lhe dei um giz de cera na cor roxa.
O que se seguiu foi perturbador, com uma habilidade e coordenação extremamente avançadas para uma criança de 9 anos J desenhou uma grotesca figura roxa que aos olhos de qualquer homem gerariam asco, palavras não fariam justiça a tal coisa, era enorme uma criatura sáuria roxa e com olhos iridescentes, de seus olhos emanavam estranhos raios multicoloridos. Sinto um frio na espinha só de me lembrar.
Ao terminar o desenho J em um estado semi convulsivo começou a balbuciar estranhas palavras, mas entre todas elas uma era absolutamente clara Ba´hnaei.
Após o ocorrido subitamente J recuperou-se e não conseguia explicar o seu comportamento, para ser sincero nem eu conseguia.
Relatei tal fato a vários colegas acadêmicos ,mas nenhum deles pareceu se interessar, até que mostrei o desenho e falei a palavra para o excêntrico Dr Tenorio especialista em idiomas antigos e arqueologia em minha velha universidade, com muita relutância ele me confidenciou que já ouvira falar sobre tal lenda e que tal conhecimento não deveria ser perturbado em suas palavras – Há coisas que não são feitas para o homem mortal- e que se eu busca-se ativamente tal conhecimento seria como abrir uma caixa de pandora com mais conhecimento do que eu poderia digerir, me arrependo profundamente de não ter lhe dado ouvidos.
Relutantemente ele me passou informações a cerca de um livro restrito na biblioteca nacional que eu deveria procurar, Barnerum Monstrum, um estranho volume em latim na secção restrita. Com muito custo e uma vultosa propina obtive acesso a obra. Munido de meu parco conhecimento em latim, descobri o horror, tal coisa sempre existira e caminhara em meio à humanidade. Ainda segundo um livro existia um culto dedicado a tal besta e que praticava estranhos ritos em sua homenagem, ritos de morte e sacrifício, de cantigas em estranhas línguas antigas.
Sai da biblioteca apavorado e não consegui dormir por uma semana. Uma estranha sensação tomava conta de mim, de que eu estaria sendo vigiado, e isso me fez plantar os pés em casa.
Mas horror de fato veio depois, certo dia liguei a TV e o que vislumbrei foi aterrador... sob a alcunha de Barney e em uma versão abrandada de sua forma original, a criatura apresentava-se em um programa infantil.
Estou determinado a dar fim a esse mal, neste exato momento rumo aos estúdios munido do velho 38 que herdei de meu pai. Matarei Barney... nem que isso me custe tudo...mesmo minha vida.
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(Outro texto, de temática similar (Barney como monstro) pode ser encontrado AQUI)
Vcs estão de Parabéns! Muito bom os contos Barneyanos!
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