quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

KRULL Um Filme que Merecia ser Refeito

 
Antes de mais nada, clique no clipe abaixo e leia a postagem com trilha sonora, faz favor.
Então vamos lá:
KRULL é um filme que mescla ligeiramente ficção cientifica (bem pouco) com fantasia "medieval". Foi feito no início dos anos 80 (eu vi no cinema em 1983), e contava uma história aparentemente "lugar-comum": Um demónio e seu exército chegava a uma terra (na verdade, vindo do espaço) e começava a arrasar o mundo, em especial dois poderosos reinos inimigos.
No dia do casamento entre o mocinho (Principe Colwyn) com a bela Princesa Lyssa, que selaria a união dos dois reinos, a festa é invadida e a princesa raptada.

O enredo que segue trata do príncipe reunindo um pequeno exército de mercenários e uma arma mágica, indo até a fortaleza do monstor, resgatar a princesa, matar o demonio e viver feliz para sempre.

Mais batido enquanto premissa, impossível, mas o que fez grande diferença nesse filme foi como o enredo foi desenvolvido.

Para a molecada de hoje, os efeitos especiais terão algo de tosco. Nada con tra, mesmo para a época não eram nenhuma maravilha ("O Retorno de Jedi", por exemplo, passou no mesmo verão com qualidade de efeitos bem superior). Mas era um filme de baixo orçamento, feito fora de hollywood, e considerando isso, não chega a comprometer, de fato.

Enfim, os detalhes da trama é que eram muito bem sacados. Primeiro, a arma mágica era (foi traduzido assim) um "Gládio", ou "Glaive", que era o nome de uma estrela giratória dourada de cinco pontas, lançada e controlada pelo seu portador (no caso, o príncipe).

Durante a jornada se juntam à trupe um veterano (que lembra muito o Obi Wan Kenobi enquanto estereótipo, apesar de não na aparência), um grupo de ladrões, um velho cego, um garoto, um metamorfo e um ciclope.

Cada personagem relevante tinha características interessantes. O cego, por exemplo, era um celho com o poder de enxergar onde a fortaleza estaria em determinado dia (ela mudava de local a cada dia, dificultando a vida dos personagens). O metamorfo, um tanto atrapalhado, tinha papeisinhos espalhados por diversos bolsos e a cada animal que ele precisava se transformar seguia uma dificuldade para encontrar o encantamento certo. Mas o mais legal de todos, para mim, era Rell, o ciclope.

No filme a raça dos Ciclopes tinham dado um olho em uma barganha mística com o invasor (o demonio, em ultima instância), para adquirirem o poder de enxergarem o futuro. Na prática foram amaldiçoados com o dom de saberem apenas o dia de suas mortes. Não à toa, meu primeiro personagem de RPG era um ciclope (em Dungeoneer), com fortes problemas de visão de profundidade (é, sou cretino com meus personagens desde sempre).

A fortaleza do inimigo era interessante, também. Com um aspecto de uma montanha por fora, do lado de dentro tinha uma série de armadilhas e uma aparência arredondada "orgânica", que era bacana.

Completando o rol de personagens bizarros tinhamos uma feiticeira "Viuva Negra" com uma ampulheta que dava e tirava o tempo de vida das pessoas (e traz um inesperado background para um dos personagens que não vou dar um spoiler aqui) um exército de soldados do mal com uma espécie de "blaster" mágica, que saiam da terra e atacavam o grupo a qualquer momento, e "Cavalos de fogo", cavalos mágicos que andavam tão rápido que "voavam" e deixavam uma trilha de fogo pelos céus.

A personagem feminina (a Princesa)  e o demonio vão se desenvolvendo em uma história paralela, até uinteressante, e a trilha (que coloquei acima) tem um clima medieval gostoso. Quem tiver tempo, até por ser pouco conhecido, dá uma boa adaptação de cenário (uma ou duas sessões) e traz algumas boas opções de armas mágicas.

Não é um filme fácil de se encontrar, já aviso, e pode não agradar os mais novos (o que é uma pena), mas é um clássico e merece ser lembrado (e jogado, por que não?).
Brega Presley, o Ancião

8 comentários:

  1. Ps: Ja que é para terem falta de criatividade, podiam pelo menos ter a mesma usando materiais que hoje em dia são desconhecidos da molecada, não?

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  2. Cara, esse filme se chamaria Dungeons & Dragons, mas deu ruim com a TSR, e eles vetaram depois de tudo quase acordado juridicamente. Parece que a TSR queria inserir algumas coisas no enredo do filme, e os produtores vetaram.

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  3. Bom, Edson, se a gente for tomar por base o filme "Dungeons and Dragons" que saiu uma meia duzia de anos atrás, os produtores neme stavam tão errados.

    Mas não sabia dessa, de qq modo. Krull PODE ser facilmente adaptado para D&D, mas o "climão" é próprio, não sei se ficaria bom enquanto filme se precisasse ser mais 'ligado" ao DeD.

    Se bem que Caverna do Dragão (quase da mesma época de Krull) tbm é um conceito bem específico, é DeD, e é excelente.
    Brega.

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  4. cara tenho saldade de quando esse filme passava na seção da tarde....

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  5. Tão clássico quanto Fúria de Titãs, com certeza! Eu era bem pequeno lagrimei na cena final do ciclope!

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  6. Muito show. Revejo com o maior prazer

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