PREDADORES 105: Alguns Problemas e Sugestões

Alguns Problemas e Algumas Sugestões:

- Conhecimento do que é um predador por jogadores (humanos): Uma solução, já que os jogadores certamente sabem coisas sobre os predadores, é a de eles conhecerem boatos ou relatórios de soldados que teriam enfrentado um Yautja anteriormente. Novas armas e equipamentos, por sua vez, podem ser bastante interessantes.

É obvio que eles vão saber o que  estão enfrentando rapidinho, e uma mesa "Vs Predador" funviona só para sistemas e grupos desencanados. NÃO use em aventuras do tipo "Kult" ou "Trail of Cthullhu", por exemplo.

Predadores e PJs predadores e a Sede por Sangue: É interessante que os personagens predadores sigam um rigoroso código de honra, um “Código de Caçador”, como o de não atacar presas desarmadas, grávidas, etc. Sobretudo, deve funcionar, se um dos personagens FOR um yautja (a raça dos predadores) que ele tenha uma dívida de honra com um dos personagens, ou com todo o grupo (por exemplo, os personagens salvaram ele de uma prisão ou laboratório espacial, algo assim).

Truques sujos: Adeus às Armas: Em termos de jogo, um personagem caçado poderá atirar seu rifle para longe seja alvejado sem maiores delongas, evitando que este recurso estrague o clima de instintos quase primitivos que a aventura pode exigir. #Cusszaun!# pode ser uma das poucas palavras que um predador conheça, e a use imediatamente antes de brincar de desmembrar o personagem covarde.

No filme “predadores” os Yautja-caçadores não parecem muito preocupados em poupar vitimas desarmadas, então o mestre pode e deve sentir-se livre para abusar de mortes violentas. Use este conceito se pegar alguém abusando. A justificativa é a de que eles não pegam coverdes como troféu, mas podem usar para treinar uns tirinhos, ou mesmo fazer a caça ficar mais divertida de ser caçada.

-Morte de personagens: Em uma aventura padrão “one-shot” isso não chega a ser um problema tão grande. Use e abuse dos Bucha de canhão, como sempre, entretanto. Se for parte de uma campanha (como um cybersquaid perseguindo um predador e sendo perseguido por ele), com personagens já estabelecidos, convém saber dosar as armas. Mortes acontecem, claro, mas a função do mestre é a de contar uma boa estória, e não a de assassinar personagens.

-Magia usando o sangue dos Yautja: em aventuras tipo "vampiro" podem ser interessantes, mas muito, muito cuidado com os efeitos. Tornar um grupo overpower é coisa fácil. Dificil é lidar com as consequencias depois. Pessoalmente não daria efeito mágico algum para o sangue deles, mas cada um é cada um.

-Subindo de nível: Tente dar a um personagem Yautja um equipamento BEM básico de início, e vá subindo devagar, com mais equipamentos (e pontos de dano , se for o caso). Quase como se o personagens galgasse o respeito e o direito a melhores armas, já tendo provado seu valor aos seus iguais. Mas só permita tecnologia dada por seu clã ou construida por ele mesmo. Se o personagem não puder acessar o clã, por alguma razão, dê as melhores armas que o personagem puder dispor (sem magia, faz favor), como se ele conhecesse bem metalurgia.

- Crossing-Over: Abordagens deste tipo, no estilo “Pato-Donald vai visitar a Mônica” encontram problemas narrativos. Apresar de bacanas, os crossing-overs podem ser meio patéticos ou descaracterizar demais uma mesa. Preste muita atenção a isso, emais uma vez, recomenda-se uma aventura “one-shot” ou uma “realidade paralela” para se mestrar algo assim. Pessoalmente só fgosto deles em Star Wars como personagens divertidos.
-Implantes x Tecnologia Alien: Avanços tecnológicos são sempre bem-vindos, mas pense que toda e qualquer tecnologia utilizada por um humano e mais primitiva que catapultas para um Yautja. Use, mas use de maneira inteligente e criativa.

Se for Vs Predador, faça os jogadores serem a caça e não os caçadores. Nada de deixar os personagens respirarem e acharem que devem peitar  o predador. Faça ataques violentos, destrutivos e suma com o Predador. Todo plano que eles arqutetarem como armadilha, anote os pontos fracos e façam eles pagar com sangue (ou, no caso , hit points). Machuque, aleje, mate e esfole os buchas de canhão, destrua armas, coloque armadilhas pelo caminho, faça os jogadores terem MEDO do Predador, e não o contrário.
 
Adaptações de sistema: dê uma vantagem de força e destreza para predadores, mas na prática considere-os quase como humanos que tomarem esteróides demais. Nenhuma arma yautja é mágica (mesmo que os personagens possam achar isso).
 

A Narrativa de uma caçada:

"“A melhor coisa na vida é esmagar seus inimigos, vê-los curvando-se diante de você,

e ouvir o lamento das mulheres“. (Conan)

 

Qual a vantagem de se caçar um megamastodontossauro do planeta BH-567 se não se pode dividir isso com os amigos, tomando um drink de dinamite pangalática, enquanto se assiste no hojo 3-d a última partida de futebol com cabeças de "oomans", não é mesmo?

Contar vantagem deve ser uma habilidade bem valorizada entre Yautjas, e para um personagem que vá ser usado mais vezes, roleplayar (ou pelo menos jogar nos dados) efeitos da descrição de uma caçada podem ser interessantes.
Faça um personagem Predador ter de narrar entre uma mesa e outra como foi a caçada, na frente de outros jogadores. Uma excelente descrição de mais pontos, uma ruim, poucos ou nenhum XP (ou equivalente) para ele.

Uso de Aliens: Os Aliens (tenho material pacas sobre eles e trago em breve) são bons para aventuras de ação e tiroteio. A verdade é que Aliens se enquadram melhor no universo "predadores" do que predadores se encaixam em Aliens.

Explico: Predador é um tipo de monstro no gênero "podemos ganhar dele se formos espertos".
Já "aliens" é um tipo de filme que os personagens não tentam "ganhar", tentam apenas sobreviver, encontrar uma clápsula de escape, um foguete para fugir do planeta, etc. Eles, no máximo, matam uma rainha ou uma colmenia para salvar a especie humana, e não seus proprios pescoços.

AVP, assim, é um tipo de aventura mais para predadores que para aliens. Se quiser mais medo sufocante, use somente aliens.