Usando QTE (Quick Time Event ) em RPGs de Mesa

Quick Time Event é um termo usado normalmente rm jogos de computador.
Em termos gerais são aquelas instruções na tela para se pressionar uma sequencia de simbolos indicando botões (como o circulo quadrado circulo Xis Triangulo etc em finalizações em God of War no Playstation).

O jogo precursos desta ideia foi Dragon´s Lair, que parecia um desenho animado com um cavaleiro, e onde o jogador deveria pressionar à direita, ou um ataque qualquer para avançar em seus objetivos (eu joguei em fliperama e comia fichas que era uma beleza).

Em um RPG de mesa esta é uma possibilidade, também.

É o famoso "pensa rápido" que alguns mestres usam com jogadores.

Para quê usar o QTE?

-Primeiro pela adrenalina. É sempre divertido um role-play que simula algumas coisas de modo diferente. E em uma batalha pensar rápido pode ser decisivo para a sobrevivência.

-Além disso, algumas mesas, sobretudo quando os jogadores começam a ficar dispersos e param de prestar atenção no que diz, podem ser "retomadas" sem a necessidade de se atirar miniaturas de chumbo na cabeça do Dorminhoco no canto esquerdo.
Afinal miniaturas são caras e podem se perder ou se quebrar.

Um anúncio de um "Pensa Rápido" pode deixar neguinho esperto com a rapidez de um raio. E se não deixar, pelo menos você tem uma boa desculpa para mutilar (só um pouquinho) o personagem deles.

E como usar?

Bom, há várias formas. A primeira é simplesmente anunciando que eles devem tomar uma decisão em 5...4...3... (contagem regressiva com as mãos é uma maravilha). Quem falar primeiro ou simplesmente falar, leva.

-A segunda é usando pequenas ampulhetas. Há alguns jogos que tem ampulhetas de pouca duração (5- 10 segundos), mas se tiver uma comum, simplesmente vire-a pelo tempo desejado (diguemos 10 segundos), e deixe ela deitad em cima da mesa. Assim que anunciar uma ação rápida, desvire e veja a areia e as lágrimas de desespero dos jogadores escorrerem (as lágrimas são mais divertidas porque não necessariamente param quando você decide que eles tomaram a decisão errada e assassina um personagem, hehehehe).

-Há também a questão de multipla escolha, do tipo "...Então, você vão pela direita ou pela esquerda? E decidam rápido porque a guarda imperial vem vindo pela escada rolante".

-Meu uso preferido de "QTE" é em aventuras de terror e magia. Apesar de limitado, funciona GêGê (joinha joinha). Seguinte: Em uma aventura de magia, estabeleça aos jogadores que eles não devem aceitar presentes em um reino dos sonhos ou cidade controlada por uma tradição qualquer.

Aceitar presentes geram uma dívida de honra, e só pode ser paga dando presentes de valor superior ou aceitando ordens determinadas de quem presenteou e´com quem o personagem está em "dívida".

Na prática, pegue um molho de chaves ou borracha e jogue (não "Atire em", mas sim  "Jogue para") determinado jogador enquanto diz em voa alta  "(nome do personagem)", tenho algo para você!"

Os reflexos, mesmo de jogadores de RPG é pegar o que lhe é direcionado. Assim que fizer isso (90% das vezes eles fazem, segundo dados do IBGE - Instituto Brega de Geografia e Estatística), anuncie que ele aceitou um presente do NPC Fulano de Tal.

E faça ele sofrer para pagar a dívida de honra e sangue (ou, no caso, Hit Points).

ps:

Sim, eu tirei essa idéia do gibi "Livros de Magia" da DC, onde a Rainha das Fadas - Titânia se bem me recordo - arremessa uma chave mágica para o personagem principal, Tim Hunter, com a intenção de fazer dele seu escravo no Reino dos Sonhos. Se acharem o personagem parecido com Harry Potter saibam que não estão sozinhos. Muita gente achou, até o Neil Gaiman, apear de ter escrito a historia de Tim Hunter alguns anos antes . Concidências, coincidências...)

Brega