Abismo Infinito
Escrito por John Bogéa e lançado pela editora Retropunk,
Abismo infinito possui um preço de capa de 62, 90 $, este livro possui 111
páginas em branco e preto, capa dura, uma arte interna e externa bem bacana.
Possui uma brochura de boa qualidade, é um livro pequeno de fácil manuseio e
transporte, também temos incluso um cd com uma trilha sonora de FC e um escudo do
mestre. Agora chega e vamos ao que interessa!
O livro se
inicia com uma série de tirinhas bem legais que te familiariza com o clima do jogo
Capítulo um: Expedições ao Infinito
Aqui o autor introduz vários conceitos
que são bem comuns ao pessoal que manja de Ficção científica, como dobra
espacial, hibernação criogênica, terraformação, buracos negros, entre outros.
Ele faz uma ambientação do que é a Terra no futuro (escassa de recursos,
poluída e com catástrofes ambientais), que tipo de governo possui (denominado
Unicracia, um governo terrestre acima dos outros governos), as ambições dos
cidadãos comuns e seu papel social e a chamada iniciativa Cronos que é
“agência” terrestre responsável pela exploração intergaláctica.
Abismo infinito
diferentemente do que se pode imaginar não é um jogo de guerra contra
extraterrestres (para isso jogue 3:16 carnificina nas estrelas), é um jogo que
foca no horror pessoal, nos dramas psicológicos que um astronauta (chamado Argonauta
no jogo) sofre no espaço, como solidão, loucura, medo, pânico, psicose, apatia,
depressão e letargia (não sou psicólogo mas esses são alguns dos efeitos que cabem no jogo, certamente devem haver mais). Possivelmente você encontre traços
extraterrestres no jogo como pirâmides, inscrições, entre outros tipos de
vestígios, porém dificilmente encontrará vida inteligente no espaço.
Capitulo dois: Caindo no Abismo
Aqui coloca-se o que é
necessário para jogar, que são respectivamente: - Ficha do Argonauta (para
cada jogador) e 3d6, lápis borracha e algum conhecimento sobre FC e uma boa
imaginação. Para se jogar Abismo Infinito o autor considera que o narrador deve
estar familiarizado com algumas ideias. A primeira delas é a insignificância
humana presente nas obras de H.P Lovercraft, a segunda é de todos os processos recorrentes que
resultam nos sonhos de Freud, por ultimo ficam os conceitos físicos de Einstein
(teoria especial, relatividade e espaço-tempo).
Capitulo 3: Gênese e resolução
Aqui partimos para a criação de personagens e as regras de jogo. Na ficha do
Argonauta você vai preenchendo: Nome, Cargo (exemplos entre a p. 54-63),
Jogador, Citação (p.64). Distribuem-se os pontos de Trauma (p-64) entre
Sonolência e Medo Particular. Também temos as Ancoras (que ajudam seus
personagens a se manterem na sanidade) e por ultimo Ferimentos. Dando o tom do
jogo, seu personagem nunca estará melhor do que o inicio do jogo, talvez ele
adquira algum conhecimento, porem estará cada vez mais distante da realidade ou
sanidade. Após isso o autor da uma aprofundada na de como esses conceitos
funcionam no decorrer do jogo. As regras do jogo, bom basicamente o player rola
uma quantidade de dados em relação a quantidade de ancoras que lhe restam (1=
1d6, 2ª5=2d6, 6=3d6). As dificuldades variam entre 3 e 18, quanto mais você
obtiver no teste melhor, também existem as vantagens e desvantagens
circunstanciais (que modificam os números alvos). Existem também os testes de
comparação, quando um jogador quer influenciar outro. Quando os medos
particulares de materializam, dependendo de quem a criou a “criatura” tem uma
quantidade de dados inversamente proporcional ao numero de dados do seu
criador. Essas criaturas possuem por base 12 pontos de desmaterialização. Esses
seres podem se fundir tornando-se uma mais poderosa, possuindo 3 dados e um
maior numero de pontos para ser “desmaterializada”, 12+6 para cada amálgama
Capitulo 4: Conduzindo o pesadelo
No ultimo
capitulo vamos para os toques finais, a criação do cenário e as dicas de mestre.
Basicamente o que se propõe é que o narrador seja o mais familiarizado com FC e
que construa um cenário de comum acordo com as vontades dos jogadores. Também
tem uma sugestão de cenário, de se pensar quais personagens podem ser úteis e
qual o rumo que tomará a estória, como vários exemplos de missões
Boa sorte e que consigam manter sua sanidade!
Por Heigberg Almirante das Forças Terrestres, vulgo Leandro Parejo.
Leandro, a idéia parece ser muito boa, mas não sei... só jogando para saber, é algo tipo Call of Cthulhu nas estrelas, tipo um "Cthullutraveller" ou um Travillerthulhu? :-) Só jogando!
ResponderExcluirLuciano Tolkien