sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Algumas Considerações Pessoais Sobre o Mercado de RPG

Não tenho os números. Mas temos tido uma bela quantidade de RPGs "Indie" no mercado brasileiro. E só coisa boa, não vi nada que não fosse digno de respeito.

O problema é o seguinte: "Indie" , que, quase todo munda sabe, quer dizer em português algo como "Alternativo", em qualquer espaço de produção literária ou musical se resolve em geral de duas formas: Ou vira "mainstream" ou seja, vira produto de alta rentabilidade comercial (como a musica de Seatle nos anos 90) ou se consome enquanto frescor de novidade e mingua aos poucos.

Para se tornar "comercial", muitas vezes o que é independente e genial de início, tem de aparar as arestas e pode se descaracterizar. É o caso de musica, novamente, onde algumas bandas são acusadas de se "vender ao sistema".

Quando o processo de corte de arestas, no entanto, é bem feito e as possibilidades assim permitem, o produto final fica muito bom.

Pensemos em Tolkien. Por mais que Peter Jackson tenha tentado se manter fiel à obra original, algumas liberdades criativas precisaram ser feitas, para dar ritmo ao filme e ele poder se pagar e até dar lucro. Tolkien sempre foi cultuado, mas até pouco mais de 10 anos atrás, a Trilogia do Anel não era tão conhecida. Hoje até colegas de menos de 10 anos de meu filho, que não viram os filmes no cinema, sabem do que se trata.

Modificação de Status bem-feita, pois não?

Ao mesmo tempo, se pegamos filmes como "Dungeons e Dragons".... o que é aquilo? Não vingou, mesmo estando com um terceiro filme para breve.

Cada caso é um caso, ok. Mas há modas que desaparecem tão rápido quanto surgem.
Querem exemplos?
-Bicicross, uma febre dos anos 80, que nunca foi pra frente de verdade (ainda existe, mas não com a força promissora que chegou a ter).
-Kart Indoor. Era uma febre no final dos anos 80 e hoje quase inexistem.
-Paintball, idem. Cada vez mais raros.
-Que tal Lan Houses? Quantas voces conhecem que ainda funcionam?

E, já que falamos no assunto: RPG. Febre descoberta no país nos anos 90, quase sumiu, sendo jogado por um publico pequeno e fiel, até poucos anos atrás, quando o mercado se reaqueceu.

Muitas editoras fecharam (sobretudo por causa da febre dos cards)ou quase e ficamos um bom tempo sem novidades.

Isso no leva ao segundo fim de um Indie/ Alternativo: Simplesmente adeptos deste ou aquele conceito ou atividade envelhecerem sem formar novos fãs de tal coisa. As pessoas envelhecem,  bandas deixam de tocar para ir para uma faculdade, constituem familia e ficam com menos tempo para este ou aquele hobby.

Com RPG isso não ocorreu, mas MUITA gente na casa dos 35-40 anos, que jogava nos anos 90, não joga mais. Eu, por exemplo, casei, tive dois filhos, tive de fazer mestrado, especializações e trabalhar e fiquei alguns anos sem jogar. Conheço vários outros jogadores e amigos que me perguntam espantados: "Nossa, você ainda joga?/ Voltou a jogar?".

Para um hobby não morrer é preciso renovação de interesse constante, publicações assecíveis regulares e eventões e eventinhos que mantenham aquela atividade algo maior do que "uma coisa que só faço de vez em quando com amigos".

É preciso jogadores se conhecerem, se reverem, experimentarem outros tipos de possibilidades e, sobretudo, que a geração seguinte de jogadores seja formada rotineiramente.

É aí que entram os Indies. Eles são a resposta atual para  o problema desta geração de como tornar o RPG interessante. Há uma novidade, um frescor nos Indies que é atraente, da mesma forma que jogos "old school" tbm são, por razões diversas, (ma non troppo).

Coisas como narrativas compartilhadas, maleabilidade, meta-jogo, preços acessíveis, sistemas criativos em suas regras, possibilitam outro tipo, novo, de relação com o jogo.

Assim como Gurps e os sitemas universais tentaram salvar os RPGs que ficavam limitados em suas ambientações, como a White Wolf, que inverteu o ônus, sendo o sistema menos importante que a narrativa (permitindo que  o público feminino passasse a jogar mais), entendo que os sistemas "Indies" são a resposta atual ´para um problema de nosso tempo: Tornar a experiência de se jogar RPG uma possibilidade prazeirosa mais diversificada.

O PROBLEMA?

Admiro, profundamente, editoras como a Redbox, Retropunk e Coisinha Verde. O que eles tem feito pelo mercado nacional é algo que empolga e nos faz torcer.

Só que, mesmo gostando mais de RPGs Indies e alternativas no geral, é preciso se reconhecer um ponto fundamental: Pode ser que a novidade deixe de ser atraente para o mercado.

Espero que não, mas acho que é caso de se ficar de olho. Por exemplo, pode ocorrer que uma editora invista sua pequena margem de lucro em um dado sistema alternativo de relativo sucesso lá fora. E este RPG não se vender aqui, dando prejuízo.

Se o mercado para RPGs alternativos ficar saturado um dia, é preciso não apenas um plano B de editoração, mas até mesmo tentar se saber disso com alguma antecedência, com uma boa avalização do potencial do mercado futuro.

Não digo aqui nenhuma novidade, mas ainda assim pouca gente tem falado sobre isso: Se o mercado se reaqueceu pela qualidade das opções fornecidas, ainda assim existem os limites dos consumidores.

O limite financeiro: temos tido uma série de camopanhas, muito bem sucedidas, para financiamento publico, mas há um teto de quantidade de bons projetos que podem ser financiados assim ao mesmo tempo. Há uma grande quantiodade e qualidade de bons títulos, mas um linmite de quanto dinheiro jogadores podem desembolsar por período.

Se  o primeiro erro a ser evitado é o de lançar coisas que o mercado realmente queira possuir, o segundo erro a ser evitado é o de, mesmo no que interessa, ver se está cabendo no bolso de quem compra.

E o terceiro ponto, para mim, é: Pode ser que o interesse pelo RPG Indie diminua nos próximos anos. Que as alternativas Old School deixem de ser atraentes, mas que o mercado AINDA esteja disposto a consumir e comprar. e nestes casos, será  o quê? O tipo de novidade a substituir (parcialmente) os Indies ainda não existem, mas podem aparecer e é preciso bastante atenção.

Uma das opções de mercado é um retorno aos sistemas "Blockbusters". Muitas vezes de qualidade discutível (não sempre), existem candidatos fortes para a próxima década, como o novo D&D, The One Ring ou Pathfinder, por exemplo.

Outra possibilidade são os "indies "B", algum tipo de maluquice imaginativa que atraia ainda mais adoradores de coisas como "Narrativa Compartilhada", mas ainda não existentes.

Há tamb´pem uma possivel expansão do mercado, atingindo mais jogadores "novos" e novos jogadores (minha aposta é a de que RPGs para crianças devem surgir, por exemplo, mas também RPGs evang[élicos, ou mesmo os que aproveitem melhor conteudos pedag[ógicos a serem usados em salas de aula).

O pior dos mundos (para mim, que gosto mesmo é de RPG), seria  uma nova síndrome dos cards, onde algum tipo de jogo que lembre mas seja diferente do RPG de mesa volte a atrair multidões, como foi o caso dos cards.

Tudo o que escrevi acima são pensamentos meus, não quero nem agourar a boa fase e nem impor uma verdade. Mas são coisas quesinto que precisam ser discutidas com leveza mas seriedade para o mercado dos anos vindouros.

Se é para erros serem comnetidos, que sejam novos, e não os mesmos da geração 90, que cresceu sem uma base firme de jogadores e sem produtos que interessassem, fazendo muita editora bem-intencionada dar com os burros n´agua.

Enfim, quem concordar ou discordar, sinta-se à vontade nos comentários para se expressar.


Brega Presley

15 comentários:

  1. Concordo em partes com seu argumento de que pode ser que a febre do Indie tenha sua fase passageira, mas acho que a solução é exatamente a mistura entre ambos os mundos. Savage Worlds vem exatamente para preencher essa lacuna de grande produto mas ainda assim "original", assim como Bruxos e Barbaros promete no gênero OSR. Assim que os Mundos Selvagens chegarem ao Brasil poderemos ver como o mercado vai absorver esse produto.

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  2. Boa "garoto", apesar dos poucos 25 anos que tenho e das poucas horas de RPG/ D&D reconheço muito do que você expresso aqui.

    Acertar a mão hoje em qualquer mercado ta complicado e estamos em um bom momento para isso, mas requer muito esforço e criatividade.

    Literatura nacional na área Nerd em alta, Brasil pode servir de tema para muitos ambientes de RPG e tem muita editora Indie e "top" de olho e trabalhando no Brasil firme e forte no mundo/ mercado Nerd brasileiro, que nos resta agora é torcer que o futuro próximo nos reserve boas surpresas.

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  3. Cara eu me vejo muito nessa situação que você falou, de parar de jogar por falta de tempo e de estimulo. Eu tinha uma mesa de D&D 3.5 a uns 10 anos e meu desgosto com a 4 edição foi tamanho que me senti desestimulado.Temos jogado muito esporadicamente, oque lamento profundamente.
    Por conta disso tenho andado bastante interessado e empolgado pelos indies, comprei o Shotgun Diaries,o Fiasco e o Dust Devil que na minha opinião apresentam alternativas muito simples e elegantes aos RPG tradicionais e remontam ao imaginário de um RPG clássico voltado a narrativa. Me sinto estimulado como não me sentia ha anos.
    Na minha opinião o grande problema que vivemos é o declino criativo nos RPGs mainstream associado a uma nova geração de jogadores pouco disposta a apreender sistemas novos.

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  4. Nunca é demais reforçar que não estou criticando as editoras.
    Só acho que que é preciso um cuidado que o mercado não teve nos anos 90, que é um crescimento cuidadoso de opções de editoração e atenção ao mercado.

    O motivo é simples: Tenho visto (pouco, mas tenho) alguns comentários dos agora saudosistas dos bons e velhos "Blockbusters". Podem ser coincidência, ou peode representar o começo da saturação dos Indies. Se for o primeiro, o texto acima não será a priomeira vez que exagero, e não tenho problemas em errar tentanto acertar.

    Mas, se o mercado de Indies estiver começando a ficar saturado (como expliquei no começo, não tenho numeros, e mesmo eles podem ser enganosos a medio prazo), é hora de saber pensar o tirmo de publicações, maneiras de divulgação e, por que não, outros mercados possiveis.

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  5. Um dos mercados que tem me chamado a atenção como potencial inexpolradsão RPGs voltados para o publico infantil.

    Tive um retorno do "Perigos e Pirralhos" muito acima do que achei possível, e tenho feito mesas com crianças de 8+ bem interessantes.

    Fora isso as possibilidades de recurosos pedagógicos são bem promissoras.

    Se fosse apostar em algo, eles me parecem os mais interessantes. Além de melhores numeros de vendas e afins, ajuda a formar novo público desde cedo.

    Abraços

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  6. Foi um bom texto, acho que tudo pode acontecer inclusive um maior interesse pelos "indies", ou justamente o contrário como aponta o texto, para mim as editoras devem estar com os olhos bem abertos, continuar investindo em produtos bem acabados e personalizados, paralelamente a jogos criativos e de custo baixo.
    Uma valorização cada vez maior dos autores nacionais também deve ser constantemente estimulada, bem como, o diálogo entre RPG e processos pedagógicos, sobre RPGs evangélicos bem já existem alguma coisa como o RPG profecia disponível no blog RPG Cristão.

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  7. Pois é, acho que o publico cristão deve crescer, e acho isso boa noticia (em tempo, não que seja relevante, sou ateu).

    Há muita pouca compreensão do que seja efetivamente o jogo, e muito do preconceito desmedido a jogadores, muitos deles de famílias evangélicas, poderia ser diminuído se houvesse essa apresentação.

    Fora isso, quem é religioso deve ter a aopção de encontrar aventuras que identifique com histórias que goste. Acho bem bacana isso.

    Já em pedagogia há diversas opções. De ganho de desenvoltura em determinados temas históricos, elaboração de raciocinio lógico e matemático, melhora do convivio e comportamento de um grupo de alunos, maior estímulo à leitura, desenvolvimento ético e conciencia social, favorecimento da criatividade e envolvimento com o processo narrativo (mestres e jogadores).

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  8. Olá Brega, tudo bem?

    Escrevi um mega comentário e ao fazer o login, o google apagou então serei bem mais sucinto neste :)

    Acho temerário tentar tecer uma visão do "mercado" de Jogos de RPG a partir da internet e explico porque.

    Mesmo que estejamos no campo das opiniões especulativas, é preciso ter em mente que existe um mercado muito grande de jogadores de RPG fora da Internet.

    Vou dar como exemplo minha cidade, Porto Alegre/RS (que é minha observação mais tácita): Temos no nosso evento mensal 50 jogadores regulares e 50% deles não conhecem RPG Indie ou não se interessam. Uma comunidade de mais de 1000 pessoas que joga Soryteller (tem grupo de e-mails) que joga frequente, faz Live e nunca ouviram falar de uma Retropunk. E no Anime Xtreme tivemos uma galera nos visitando na sala RPG, muitos jogadores de 3D&T e GURPS (sim GURPS) que não conheciam nenhum site que comentamos (exceto Old Dragon mas que haviam conhecido por intermédio dos amigos).

    Sitei estes exemplos apenas para dizer que a Internet é uma ferramenta poderos, mas devido ao seu hiper acúmulo de informação, e a ineficácia atual dos filtros, é muito difícil alguém ser impactado por novidades que não sejam por ação direta de outras pessoas.

    Conquistamos muita coisa com RPGs Independentes, mas ainda é pouco. Conversava eu com Eduardo Caetano no boteco pós Moonfest, e ele foi categórico: "Cara, Violentina foi sensacional, esgotando já, mas se você for olhar são só 300 livros..." o que em termos de "mercado" é nada. Para que olha parece um grande impacto, mas olhando o tamanho do mercado potencial é nada.

    Por isso peço permissão para discordar destes argumentos e colocar o que, na minha humilde opinião, são as barreiras de crescimento do hobby e que deveríamos focar para poder fazêlo crescer:
    Logística: O Brasil é muito grande e é caro e praticamente inviável ter o livro disponível onde o interessado quer comprá-lo, seja por interesse anterior ou por impulso.
    Canais de Comunicação: Nosso canais ainda são restritos a grupos e nichos fechados e em círculos restritos. Só ampliando essa capacidade, criando interfaces entre mídias afinas e promovendo o jogo como entretenimento que é, a coisa pode tomar novos rumos.

    Enfim só minhas duas moedas sobre o assunto.

    Obrigado e aquele abraço!

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    1. Julio, muito bem colocado!

      Realmente existe esse efeito de "alienação" fora do eixo Rio x SP que as pessoas não conhecem, grupos que se dedicam ao jogos de RPG semanalmente e nunca vão a um evento como o Saia da Masmorra. Trocando em termos, mesmo com a internet o RPG é hobby de nicho, e os indies são o nicho do nicho! Mestrei vários RPGs da velha guarda no evento que meus colegas nunca jogaram, logo... o Brega comentou que o mercado de Indies deve realmente trabalhar com moderação e pé no chão mas hoje o modelo que vai sobreviver ao mercado á o da "empresa de indies" não os RPGs indies, com o amigo Leonardo já havia comentado editoras como a Whitewolf são muito pequenas, exemplo também da Chaosium e assim vai... hoje as grandes... bem a grande é a Wizards, que na minha opinião sem o Magic The Gathering já teria ido para as cucuias também!

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  9. Nada, foram ótimas. E não esquenta, que o Goolge é uma ferramenta ingrata.

    Achei válido o que apontou: meu "mundo" é do blog e o de uns dois eventos no Rio de Janeiro, mas alguma coisinha que pesco de outros estados e cidades.

    Como se atingir a ESTE publico "fora" da internet é uma questão extremamente importante.

    O que a gente tem feito é aumentar o espaço e acesso a encontros pequenos, espalhados pela cidade, estimulando e divulgando os encontros que sabemos.

    Mas você me fez pensar que isso, relamente, não basta, e que certamente o potencial de jogasdores que não se interessam em encontros e eventos precisa ser acessado de alguma outra forma.

    Uma das coisas que são possiveis é fazer eventos noticiáveis, criar nopotícias, como ocorria na decada de 90.

    Jornais de bairro, ou mesmo jornais de grande circulação talvez possam ser acessados, embora minha formação e ocupação não me deêm pistas sobre como.

    Mas fica a sugestão para quem tiver alguma boa idéia.

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  10. Julio, por falar nisso, quando for ter seu encontro mensal, dá um toque aqui pra gente, que nada custa ajudarmos a divulgar.

    Apesar de ter alguns amigos que moram em Porto Alegre, nenhum deles, no momento, joga, e acabamos por nunca falarmos do que tem sido feito de bom aí pelo sul. Abraços.

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  11. Gostei muito de sua visão sobre o mercado "RPGistico" Brega. Compartilho da visão de que temos de ser cuidadosos quanto a saturar o mercado com relação aos jogos "indies". Por vezes os jogadores não dispões de um montante para estarem sempre comprando e abastecendo o mercado. Sei que não sou nenhum expert no assunto sou somente um psicologo, mas entendo seu ponto, entendo o medo da probabilidade de termos uma queda no RPG, porem tambem concordo com o Julio em muitos aspectos.

    Acho que algo que venho reparando é que os jogadores de nossa época cresceram. Eramos todos garotos ou adolescentes que não tinham lá uma visão do que poderiamos fazer como RPG... mas agora estamos mais preparados. sei que temos hoje mais responsabilidades, familia, trabalho, filho, contas etc. Entretanto agora temos mais conhecimentos e ferramentas para expandir o nosso hobby.

    Podemos ver isso na quantidade de pequenos eventos que estão sendo realizados no Brasil. Não contamos mais com os grandes eventos como o que era sediado em São Paulo, mas a cada dia grupos independentes estão arregaçando as mangas e tentando expandir o jogo. Conseguimos aos poucos tecer uma rede tanto de discussão quanto de propostas. Depois de alguns anos estamos conseguindo vislumbrar a possibilidade da utilização do jogo não somente como hobby, mas como uma ferrementa de aquisição de repertórios comportamentais, educacionais, psicoterapeutico e outros.

    Os meninos, nerdezinhos, que passavam horas e horas sentados ao redor de uma mesa, varando noite com umas pizzas e coca-colas cresceram. Tornaram-se estudiosos e bons profissionais e agora passam a utilizar de conhecimentos adiquiridos e o amor pelo RPG para expandi-lo cada vez mais. Como disse, compartilho de seu medo, mas acho que com mais pessoas tentando utilizar o RPG em diferentes abordagens iremos ter mais avanços do que retrocessos.

    Parabenizo o pessoal da Retropunk e Red Box por estarem dando um passo significativo na expansão de novos RPGs. Mostrando para os jogadores que temos de pensar fora da caixa e que há outras formas de narrativas e sistemas. Prezando cada vez mais o Role Playing. Mas não devemos parar de tentar... de juntar pessoas, de criarmos grupos, incentivarmos, fazermos eventos mesmo que pequenos para assim quem sabe aumentarmos nossa vizibilidade.

    Esse é só meu singelo ponto de vista. Obrigado.

    PS:Julio, se não fosse seu comentário sobre o post que perdeu por ter logado na conta do google aconteceria a mesma coisa comigo.

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  12. Uma situação que eu vejo também é que a Devir que era a maior editora de RPG do brasil(e uma editora de grande porte em termos de licenças e capacidade de impressão) deu uma pisada no freio .

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  13. Professor, A Devir deu uma pisada no freio por uma série de razões.
    Antes de tudo, quando lasco o malho na Devir, é preciso explicar que TAMBEM a respeito. Muita coisa boa do mercado de hoje só foi possível por causa dela.

    Mas é uma estrutura de publicação muito mais engessada do que precisaria ser, algumas das opções, como a de metodo de escolha de tradutores, ao meu ver, deixa a desejar, etc.

    A Devir sempre será a Devir, e as criticas são por erros que ela tbm cometeu e precisam ser evitados.

    Agora, em termos geris, me parece que ela teve uma série de problemas por causa da importação dos Cards, com pagamento de altas multas, etc, a relação dela com lojistas sempre foi alvo de criticas, e ela tende a fazer mega-produções, com qualidade irregular. Até onde sei, de qualquer forma, o que a fez dar um freio foi problemas relativos aos cards.

    Carlos Alberto, como psicologo que também sou, fica uma pergunta específica: Que idade considera adequada como a mínima para se jogar RPG? Eu estou tendendo para achar a faixa dos 8-9 anos como já funcional, desde que adaptada, com alguma capacidade de dedução lógica já fortalecida, crianças alfabetizadas, com um pouco de capacidade de concentração, etc. Ainda assim, mesas curtas, 1:30 , duas horas e pouco, que mais que isso fica cansativo.

    Se puder opinar (concordando ou discordando) sou todo ouvidos. Abraços.

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  14. A questão da Devir na minha opinião é algo mais a se lamentar do que a se criticar. E eu falo isso como aguem que está esperando o Star Wars d20 em português até hj, eu não sou louco de fazer como um amigo meu que pagou 200 paus na versão em inglês só pra ver ela ser revisada 6 meses depois.

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