sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Star Wars: Cibernéticos 1

Como alguns leitores devem ter reparado, sou um fanático por literatura e ambientações cyberpunk.
E também por Star Wars.

Assim, é natural compreender porque o tema de juntar ambos os gostos existe.

A nova (e bacana) versão de RPG de Star Wars, da linha "Fronteiras" e afins, tem uma sessão só sobre implantes cibernéticos. Boas ideias e jogabilidade para jogadores interessados no tema e que, em termos de jogo, com regras bastante funcionais.

No entanto, como fã do sistema D6, ainda prefiro o classicão para mestrar, por questões de estilo e gosto, sem falar de estar bem mais acosntumado com o sistema clássico.

E fui xeretar entre os meus livros da D6 o que havia a respeito dos "prospéticos". O que achei em "Cracken´s Rebel Field Guide" é bem interessante e me deu algum mateial patra pensar em minhas campanhas.

O livro, de modo geral, resume o funcionamento de diferentes equipamentos em uma página cada. Armas, veiculos, sinalizadores, prospéticos, etc.

O livro é tão bem-feitinho que, aparentemente, tem sido tratado de forma canônica pela Disney (o exemplo dado é 0 XX-23 Tracker, que foi chamado assim em um episódio de Rebels, aquele dispositivo de seguir naves mesmo em outros locais após viajarem pelo hiper-espaço).
A discussão é que o aparelho, por ter sido nomeado originalmente neste livro, o torna "cânonone")

Pois bem, na pg 4 do livro o autor disserta um pouco sobre prospéticos. Além de regras para calculo de perda de "humanidade" (que levam, eventualmente, ao lado negro da força), o texto traz uma breve, porém útil, discussão sobre o uso de substitutivos mecânicos em corpos biológicos.

Relata o livro que tais prospéticos são considerados um tanto ofensivos e que, aos olhos do cidadão comum, tornam seus usuários "menos vivos". Esta  é, além de uma excelente justificativa para não se ter muitos "cyberpsicopatas" rodando pela galáxia, algo que, parando para pensar, faz todo o sentido na filosofia da ambientação.

Primeiro porque define porque Luke ter escolhido uma mão de aparência comum (e só os amigos mais próximos saberem a respeito), escondendo com uma luva a mão com a pele danificada após o incidente com o Jabba. Ainda que criminosos se importem menos com o que terceiros pensam a respeito, cem teoria os personagens são cidadãos com algum sentimento de pertencerem à sociedade galática e  natural e compreensível que atentem a este tabu.

Em termos de jogo os prospéticos aumentam os riscos de uma "tentação para o mal" (similar à perda de humanidade de cyber-2020), e não é nada ruim que uma regra assim ajude a manter o foco dos personagens na ambientação mais "retrô" na qual foi, em grande parte, pensada.

No entanto, esse conceito faz muito sentido se pensarmos na Força e no que a mesma significa para a maioria da população galática.

Sendo a Força uma "energia que permeia e liga os seres vivos. Que deles se alimenta e que a eles retorna. Dentro desta perspectiva, é simplesmente genial que uma pessoa com implantes cibernéticos (seja humano, wookie ou o que for) seja vista como "menos viva", porque nela menos energia do universo circularia, e dela menos emanaria.

Claro que, do ponto de vista cético, isso é bobagem. Vader era, literalmente, uma máquina de matar embebida de força, e seus inumeros implantes em nada parecem ter diminuído seu poder. Mas entender que o cidadão comum tenha esta perspectiva faz um tremendo sentido para mim.

Assim, implantes, principalmente os que trazem melhorias quaisquer, são uma espécie de abominação paras fins de jogo e uma forma de balancear um grupo de personagens a ficarem bombados demais, o que estraga parte do balanço de um jogo. O "Craken´s" traz algumas regras a respeito, e recomendo a leitura disso para mestres e jogadores que se interessarem.

Como muita gente não tem acesso ao livro, minha sugestão é: Para cada "nivel" de melhoria que um implante trouxer, dê ao jogador um ponto de Dark Points (D6).
(Brega Presley)
Na parte dois vou trazer algumas ideias de implantes e prospéticos.

Um comentário:

  1. Bom, é dito que Vader perdeu grande parte da conexão natural que ele tinha com a Força depois de se tornar um ciborgue... e que a razão de ele ser tão poderoso tem mais a ver com a forma como o Lado Negro se alimenta de sentimentos negativos, o que o sofrimento dele provia em larga escala.

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