segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O Universo de O Rei dos Malnascidos

É incrível a quantidade de obras de ficção que tiveram origens em mesas de RPG. Alguns casos é o reaproveitamento de cenário, já outros são os relatos e adaptações de sessões que fizeram história. De fanfics a autores consagrados na literatura, o que não faltam são exemplos de jogadores que beberam na mesma fonte que os divertidos dias de folga em torno de uma mesa e dados à mão.

Lá pelos idos de mil novecentos e lá vai fumaça, iniciei meu cenário, a princípio como uma expansão para o nacional Tagmar (alguém se lembra?) e após a GSA fechar as portas, decidi tocar o projeto como cenário próprio e criar um sistema próprio de regras. Alterações vão, modificações vêm e mais de uma década depois o resultado é completamente diferente do original (felizmente muito melhor).

O Rei dos Malnascidos, lançamento no SdM, traz uma parte desse cenário que transcorreu das fichas para a literatura. A obra conta a história de um grupo de jovens sem antecedentes de magias em suas famílias (malnascidos) que decidem encarar a terrível e mortal iniciação na Academia Doszil, destinada à educação em política, engenharia, estudos sociais e principalmente, magia. A aventura recai na mesma época em que um desertor conhecido como Rei dos Malnascidos dissemina o terror e desafia o poder do Conselho Doszil que regulamenta e fiscaliza as leis de todo o continente.

Há cinco mil anos, O Continente, ou Ãh Rahresh, como é dito na Língua Geral dos dias de hoje, era ocupado principalmente por tribos nômades e pequenos oásis com pouco contato entre si. Criaturas fantásticas de grande conhecimento, perspicácia e poderes mágicos eram firmemente cultuadas como deuses nomeando sacerdotes e controlando reis. Mas sua história estava prestes a ser profundamente alterada. Deixando seu exílio no deserto, Sijim, tido como sendo o primeiro mago, rebelou-se contra os seres místicos, matou-os um a um, subjugou os oásis depondo-lhes os reis e extinguiu a religião.

Dotado de inteligência inigualável, reestruturou toda a sociedade dividindo-a em cinco castas sendo quatro delas com papel bem definido em relação às suas funções na nova sociedade.

Casta Doszil: os Doszilla, como são chamados os magos, constituem a mais alta de todas as castas. São responsáveis pelo controle de magia, engenhos, tecnologia, itens mágicos, informação e legislação. O acesso a essa casta se dá apenas após sete anos de estudos na Academia Doszil.

Casta Romil: os Romilla são os guerreiros profissionais da sociedade. São homens e mulheres que completam os sete anos de treinamento árduo na tradicional Academia Romil. Um Romil é versado nas mais diversas artes da disputa e estratégia, seja na guerra, no combate individual, na poesia e até mesmo em jogos. Possuem código de ética rígido e responsável por fazer a casta ser admirada por toda a população.

Casta Khardul: é a denominação da casta dos eunucos. Os eunucos também dedicam sete anos de estudos acadêmicos após a castração onde aprendem política, retórica, etiqueta, legislação, dialética e algumas habilidades artísticas. Atuam junto aos magos em funções administrativas e seu poder social vem da crença de que a castração é suficiente para acabar com todos os desejos, anseios e ambições de um homem fazendo-o incapaz de mentir, trapacear ou enganar.

Casta Oshul: conhecida também como Casta do Prazer. É composta de homens e mulheres treinados por sete anos acadêmicos em conceder o máximo de prazer a uma pessoa. São versados nos mais diversos conhecimentos sociais tais como psicologia, artes cênicas, musicais e sexuais o que faz dos serviços da casta os mais caros de todo o continente e o único legalizado.

Casta Bunzil: também chamada unicamente de Casta dos Comuns. Engloba todo o resto da sociedade abrigando as mais diversas profissões tais como carpinteiros, ferreiros, marinheiros, pedreiros e diversas outras.

Acho que até aqui já deu para imaginar o quanto de ideias surgem para esse cenário. Futuramente devo lançá-lo no sistema Kombo (criação própria junto a dois amigos), mas até lá, há muita aventura para ser narrada e lida ainda!

Elias Paixão (a.k.a. Benn Green)

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