segunda-feira, 26 de março de 2012

PREDADORES 103 - A Cultura e a Sociedade Yautja AVP

Vida em Sociedade Yautja:


Xenofóbicos e violentos, também existem alusões a um complexo sistema de castas, clãs e mesmo, de diferentes sub-espécies em constante luta entre si pela supremacia racial (Filme Predadores, por exemplo).

Alguns predadores caçam em naves com algumas dúzias de outros predadores. Pode ser que um sistema de casta, onde “troféus” de caçadas sejam uma amostra de superioridade, mas pouco se sabe ainda hoje sobre o tema.

Organização  Política: Há um “Senado” Yautja, composto pelos membros anciões de cada clã, e que toma as decisões mais gerais de sua espécie. Mas fora isso, não parece existir o conceito de “nação” dentre os Yautjas.

Se um Yautja é morto ou ferido gravemente, a vingança á uma rara opção, mas uma segunda caçada pode se realizar, em casos excepcionais, para “limpar a honra” do falecido e de seu clã. Se tomarmos como exemplo algumas sociedades orientais, um ato de vingança pode ser tentado uma única vez, mas se falhar, o alvo “ofensor” deve ser deixado em paz, ou isso trará desonra a memória dos predadores mortos pelo alvo.

Clãs com diferentes princípios: Podemos acreditar que, dado o comportamento mais violento dos caçadores do filme “Predadores”, que existam clãs que valorizem outros aspectos de honra, como simplesmente o direito de subjugar clãs mais fracos, e o da caça como mero prazer, e não como algum tipo de ritual de passagem ou de teste de virilidade.


Língua: A língua é um conjunto de regras e símbolos (sonoros, escritos ou mesmo gestuais) que transmitem idéias abstratas. Certamente os Predadores a possuem e a utilizam de forma eficaz. Na seção “Narrando com Yautjas” trago algumas expressões utilizadas por eles.

Um fato não abordado, mas que faria todo o sentido, seria se os Yautja valorizassem a habilidade narrativa e de contar histórias em um membro de sua espécie. Afinal, uma boa história sobre como um troféu foi obtido pode falar mais a respeito do caçador, do que meramente o troféu em si. Se dúvida que um caçador capaz de ilustrar melhor seus feitos terá maior apreço do que um que faça o mesmo, mas não saiba valorizar seu troféu. Pense à respeito quando for utilizar este tipo de personagem em uma mesa.

Além disso, durante uma caçada, os Yautja empregam uma série de gestos manuais para comunicação silenciosa, simples e direta. Como sugestão, uso as imagens abaixo para exemplificar (baseadas em um sistema humano). As mesmas não devem ser consideradas material oficial, só de apoio.

Tipos de Caçador:

Caçador Clássico: Viaja em uma nave sozinho ou em grupo, mas realiza suas caçadas só, retornando após o término de uma caçada.

Tracker/ Batedor: viaja geralmente em grupo, é o responsável pelo reconhecimento de uma área antes de uma caçada se iniciar, delimitar territórios, etc Costumam ter habilidades no treino de animais exóticos, como "predacães" (preda-hounds, como os do filme “predadores”).

Berserker: Não costuma seguir regras bem-definidas de caça, é violento e só respeita força bruta, mas apenas até poder suplanta´-la. Geralmente caçam em grupos pequenos e de sua família mais próxima. São lideres natos e violentos.

Arbitro: Responsável por moralizar minimamente a sociedade, caça Yautjas que não respeitam leis e regras estabelecidas ou que colocam a espécie em algum tipo de risco desnecessário Árbitros são uma força de juízes, policiais e executores que caçam e punem predadores que não cumpram com seus deveres de honra. Muitos são Ancestrais ou Notórios que optam por manter a ordem de sua sociedade. Ossos duríssimos de roer.

Militar: Força-tarefa pesada de Yautjas, usam equipamentos diversos para enfrentar ameaças concretas a um clã ou a espécie dos Yautjas como um todo. Geralmente os únicos a saberem controlar uma “ACPA” predador. São acionados quando árbitros, por alguma razão, não conseguem impedir alguma situação.

Gladiador: São instrutores de combate, e os enviados em disputas mais “civilizadas” sobre territórios e caça. São os melhores em confrontos como lutas (Dtai'k-dte), e armas brancas.

Selvagem: São predadores que consideram que a caçada deve ser o mais limpa possível. Com exceção de uma ocasional máscara de oxigênio, não carregam armas especiais, produzindo suas proprias armadilhas e armas com o que estiver disponível no local da caça. São caçadores raros e solitários.

Falconer: Usam equipamentos de longa distância, em geral, e usam preferencialmente armas brancas ou atordoantes em seus confrontos. Gostam de “brincar” com a caça e vê-la tentar fugir.

Humano Predador: Raríssimo. São os poucos humanos que se juntaram aos predadores em uma temporada de caça (mostraram seu valor), ou aprenderam as táticas os predadores e como se esquivar destas. Quando são aceitos, tem uma cicatriz indicando seu valor. É um fenômeno muito raro de ocorrer.

Habilidades: Geralmente as iniciais de um solo, policial ou nômade. É preciso uma justificativa muito bem feita para uma enorme exceção como esta.

Honra:

O Código de honra, na maioria dos clãs Yautja é baseado geralmente, em um código de caça, e é levado mortalmente a sério. Quebrar o código pode significar deixar de ser um Yautja, e fazer isto significa ser morto sem maiores problemas.

A sociedade Yautja obedece a um sistema de castas, onde quanto mais elevada a posição, maior a honra presumida. O inverso também ocorre: Aquele com menos honra é colocado entre os mais fracos e indignos.

Ranks/ Status Social:

Sangue-ruins: Criminosos, desonrados, assassinos, predadores que insistem em perseguir uma caça que já comprovou seu valor (como o predador que caçou Batman em Batman X Predador II). Suas habilidades e capacidade podem variar enormemente. Ajudar um sangue ruim, quase sempre, é se tornar um (sangue ruim) aos olhos de outros Yautja

Eta: Os “intocáveis” dentre os predadores, são a classe mais baixa de seu sistema social. Em sua maioria são membros da sociedade que não participam de caçadas, sejam por serem aleijados (sem nunca terem provado seu valor) seja por serem covardes demais. Eles são ridicularizados e humilhados a cada oportunidade por seus “pares” e fazem todos os serviços degradantes imagináveis. Etas não tem numero fixo, mas em geral são a minoria em uma tripulação de uma nave Yautja, podendo nem mesmo existir em uma tripulação.

Não-Sacramentados: Jovens Yautja que estão sendo treinados nas habilidades necessárias para suas caçadas em vida adulta..Ficam atrás dos adultos e fornecem apoio logístico, como ajudar a cercar uma presa. Só ascenderão ao próximo nível de status após sua primeira caçada. São proibidos de caçar humanos, ou mesmo de sair de uma nave sem supervisão, e não podem lançar desafios de combate até a morte.

Neo-sacramentados (neófitos): Jovens caçadores, muitas vezes inábeis e cheios de ambição. Geralmente agradam os adultos ao mostrarem apreço mesmo a pequenos troféus conquistados por eles mesmos em suas primeiras caçadas.

Sacramentados: Um pouco mais experimentados em caçadas, eles permanecem nesta posição por um período considerável. Alguns podem se tornar caçadores solos (Solitários) e ascenderem socialmente mais rapidamente.

Honrados: A elite da sociedade Yautja, acumularam mais caçadas que o caçador médio, e é habilidoso em diferentes formas de caça e armas.

Solitários: Violentos e respeitados, são caçadores que costumam, muitas vezes, de viajar sozinhos para caçadas utilizando-se da alta tecnologia Yautja em suas ações.

Ancestrais: São os maiores Yautja que já viveram ou vivem, sobrevivendo a centenas de caçadas. Dotados de grande perícia, muitos deles procuram outras áeas de conhecimento, como técnicas de arte marcial ou novas armas e tecnologia. Não chegam a 1% da população geral e raramente um é visto em uma nave (muitos caçam sozinhos). Ter um deles a bordo é motivo de grande honra.

Crime e castigo:

Um Predador que for considerado desonrado raras vezes é removido de seu clã. Ao invés disso, é tratado como de mesmo nível de ETAS até conseguir provar seu valor novamente, se conseguir. Os Anciões raras vezes (ou nunca) fazem coisas que possam ser consideradas “desonradas” (e se o fizerem costuma-se relevar). Se a desonra for considerada grande o suficiente, o Predador desonrado pode até ter de entregar suas posses, por não ser merecedor do que teve. Crime envolvem coisas como assassinato, roubo, desrespeito a troféus, ou se mostrar fraco em momentos críticos.

Duelos (Jehdin- jehdin): Outra forma de se resolver conflitos são lutas, até a morte ou não, para resolver questões como: Direito à caça; Direito à um território de caça; Disputa por algum objeto; Resgate de honra; exigir ter realizado determinada caça, assumida por outro, etc. Alguns clãs caçam e abatem membros de clãs mais fracos, em geral quando os mesmos invadem seus territórios de caça, ou tem um território que eles desejam para si mesmos. Um Yautja que pedir clemência tende a ser executado sem piedade e com requintes de crueldade. Mesmo que a luta não seja travada até a morte de um dos oponentes, dificilmente ela acabará sem que um esteja extremamente ferido.

Reconhecendo Honra em outros: Predadores são isolacionistas. Não aceitam pessoas de for a em seus próprios clãs, nem outros Yautjas (exceto, talvez, para casamentos e alianças) e muito menos membros de outra espécie. No entanto, há raríssimos casos em que exceções foram feitas. Estas podem ocorrer de duas formas: Ou é dada a uma caça (desde que de uma espécie inteligente) que seja excepcionalmente brilhante em seu confronto com um yautja, ou em casos que o auxílio de um espécime não-yautja tenha sido fundamental para uma caçada, provando seu valor e coragem.

O reconhecimento, por sua vez, pode ser demonstrado na aplicação de uma “cicatriz” característica como prova de valor do não-yautja entre predadores, da doação de um troféu pessoal dada pelo próprio líder de caçada, e, em um único caso conhecido, na aceitação deste não-yautja entre os predadores.

A Caçada:

Apesar de nos parecer  simples ato bárbaro, a caça representa o mais puro resumo do que um Yautja é, qual seu valor para si e para os demais membros da sociedade. Possivelmente, a caça não seja é uma atividade de “tempo integral”, porque toda a tecnologia e sociedade organizada pelos Yautja precisa se manter de algum modo. Possivelmente eles têm cientistas, professores, criadores ou produtores de alimento, pilotos e operários, que se reorganizam em hierarquias não muito diferentes nos momentos de caça.

Mulheres não costumam fazer parte das caçadas. Talvez a sociedade seja organizada de forma as mulheres ficarem em casa “cuidando”, enquanto os homens caçam, como a espécie humana funcionava em suas organizações pré-históricas, ou talvez elas tenham grupos próprios de caça em outras regiões da galáxia. Nada sabemos sobre isso.

As caçadas em grupo sempre tem um líder, um “macho alfa”, em geral o caçador mais experiente, e a força de um grupo de caça é tão grande quanto a capacidade deste líder. As caçadas podem ser tanto com vários membros de uma vez, quanto caçadores separados em diferentes regiões caçando por algum tempo antes de se reunirem novamente.

Mesmo os corajosos devem, eventualmente, correr do perigo. Há situações em que a habilidade ou as armas simplesmente não bastam e desistir de uma caçada em situações assim não é desonra. Principalmente quando se trata de Xenomorfos (Aliens do filme AVP), também conhecidos como “Carne Dura”. Estes animais representam o grau máximo de desafio a um predador, e são, de longe, o troféu mais cobiçado e respeitado em uma tribo.

Humanos e outros seres antropomórficos não são especialmente difíceis, mas exatamente por terem algum grau de inteligência podem ser especialmente duros de se caçar em algumas oportunidades. Este tipo de surpresa eventual torna a caça aos humanos especialmente mais saborosa.

É possível que o equivalente Yautja a adrenalina secrete também alguma substância ligada ao prazer, o que explicaria porque a caça é uma forma de socialização tão procurada pelos predadores.

Em geral a caça envolve uma das técnicas abaixo descritas:

-Seguir rastros e sorrateiramente se aproximar do alvo, liquidando-o de forma rápida e eficaz.

-Criar Armadilhas ou emboscadas para imobilizar a caça.

-Cercar uma presa com um bando de caçadores, assuntando e separando o grupo de caça.


Faixa Bônus:
Ética: O Código do Caçador:

Um complexo código de honra, baseado em um código de caçador esta sempre envolvido na caça e no cotidiano dos predadores:
(O código abaixo - como muitas coisas destes textos sobre predadores) não são matertial oficial)

1) Olho por Olho: Um Predador deve seguir seu código de caça, custe o que custar. Só assim mostrará seu valor perante outros membros de sua comunidade.

2) Dente por Dente: Um predador só utiliza armas equivalentes contra seus alvos de caça. Armas de longa distância X Armas de longa distância, armas brancas contra armas brancas, etc.

Cada caçada deverá usar armas equivalentes e condizentes com a de seus alvos. Ex. Melee x Melee.

3) Só os fortes: Um predador (geralmente) não caça um alvo em das condições: Se ele não puder se defender, (como um filhote ou se for uma fêmea prenha), não irá caçar o mesmo. Casos de predadores que tratam outras espécies como iguais (e por isso não os caçam) são raríssimos. Preferencialmente são caçados aqueles indivíduos que não tem terceiros como dependentes.

4) Cicatrizes: Quanto mais experiente um caçador, mais cicatrizes espera-se que ele tenha. Caso não a tenha, as mesmas podem ser providenciadas através de rituais complexos que envolvem, claro, bastante dor física.

5) Troféu: Um bom caçador coleciona troféus. Alguns predadores preferem partes específicas de suas presas, como o couro, as presas ou a cabeça. Mas não há regra dizendo que apenas um tipo possa ser coletada. É mais uma questão de estilo.

6) Seppuku: Um caçador que falhe em sua caçada tem a obrigação moral de cometer suicídio, se possível eliminando as provas de que esteve no local. Para isso, não poucos carregam um pequeno explosivo junto ao corpo. Outra forma de suicídio envolve um ritual similar ao Seppuku japonês, com uma espada enfiada no abdômen. Essa id´[eia reforça a idéia de influência Yajutsu em sociedades humanas (no caso, japonesa). Os que se recusam a cometer suicídio podem ser “assistidos” por um Yautja arbitro que o caçará.

7) Vendeta: Caso um predador seja abatido em uma caçada, costuma ser mal visto que um segundo predador assuma para si o direito de vingança. Entretanto, apesar da proibição, é fato que alguns Yautja tentam caçar uma presa sobrevivente. Seja por sentimentos de vingança, seja para apagar vestígios de uma caçada fracassada que poderia “macular” a honra de sua família.

8) Assassinato de Outro Yautja: Um Yautja não costuma matar outro intencionalmente. Apesar desta idéia ser defendida em alguns desdobramentos dos filmes, em “Predadores” um Yautja é amarrado e torturado pelo que parecem ser Yautja de um clã diferente. É possível que esta regra seja válida apenas para dentro do próprio clã. Disputas podem ocorrer, mas em geral envolvem combates dolorosos, mas não-letais.

9) Nada fica para trás: Um caçador não estraga um território deixando equipamentos que possam estragar o território de caça. Algo como um caçador humano não deixar latinhas de cerveja. Fora isso, eles também "limpam" uma área para evitar que um Yautja seja capturado e sua tecnologia roubada.

10) Não se gabar sobre caça alheia: Um caçador não deve “roubar” a honra de uma presa abatida por outro caçador, Yautja ou não.

11) A Face: Mostrar a verdadeira face para uma caça (ou seja, retirar a máscara) pode ter dois significados distintos. O primeiro é o de reconhecimento do valor de uma presa. Esta, como “prêmio” (em geral antes de receber o “coup de grace”) pode ver a verdadeira e cruel face de um predador. O segundo significado é justamente o oposto. Mostra-se a face como forma sutil de ironia, ridicularizando a presa a ser abatida. Geralmente o primeiro caso será claro quando ainda há alguma “igualdade” no confronto “caçador x presa”. O segundo ocorre quando a presa não é mais capaz de expressar forma alguma de resistência. Simbolicamente, o alvo a ser morto em um combate igual levará para um paraíso o rosto e as bênçãos do bom caçador. Enquanto que a presa sem honra levará para o inferno a imagem aterrorizante de seu algoz.

Um comentário:

  1. Caraca que maneiro!
    Estou pasmo, eles parecem uma raça tão interessante.

    Seria possível existir ainda uma casta "artifice", de Bardos e Poétas. Geralmente composta por anciãos experientes ou batedores que transformam grandes caçadas observadas em obras literárias de auto-ajuda sobre como a caça dá sentido à existencia do Yatuja, sabe, tipo o "monge e o executivo".

    Tambem gosto da idéia exposta em alguns filmes de que eles "adotaram" sociedades humanas para os mais diversos fins (hospedeiros para Aliens?), o que seria legal para exemplificar como eles e os humanos ´parecem ter tantos "aspectos culturais em comum"

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